quinta-feira, 16 de maio de 2013

Consórcio do ABC vai se reunir com técnicos do Ministério das Cidades com Plano de Mobilidade mais enxuto

Andréa Brísida
Andréa Brísida, coordenadora do Grupo de Mobilidade do Consórcio do Grande ABC 

Secretários e profissionais da área de transportes do ABC Paulista devem se reunir com técnicos do Ministério do Planejamento até o final deste mês para decidirem quais obras do Plano Integrado de Mobilidade da região podem de fato sair do papel e conseguirem recursos do Governo Federal.
O plano foi entregue à ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que disse ter achado o conjunto das sugestões positivo por seu ousado.
Porém essa ousadia tem um custo alto: quase R$ 8 bilhões que contemplam intervenções em 16 eixos principais.
E tanto o Consórcio Intermunicipal do ABC como o Governo Federal sabem que não haverá recursos para todas as obras.
“Na semana passada, os secretários de transportes do ABC já se anteciparam e hierarquizaram as propostas definindo seis eixos prioritários dos 16 que constam no plano. Em todos eles, o transporte coletivo é prioridade. Vamos rediscutir o plano de mobilidade. Não sabemos se já vai ter anúncio de verba nesta próxima reunião ou não” – disse Andrea Brísida, especialista em transportes e coordenadora do Grupo de Trabalho de Mobilidade do Consórcio.
Ela participou nesta quinta-feira da 55ª Reunião do Fórum Paulista de Secretários e Dirigentes Públicos de Transporte e Trânsito, que reuniu autoridades públicas do setor de diversas cidades do Estado, em Santo André, no ABC Paulista.
Segundo ela, hoje o maior desafio das cidades é fazer com que as pessoas deixem o carro em casa e optem pelo transporte público.
“Não é demagogia, a principal solução para o trânsito e para a qualidade de vida nas cidades é o transporte coletivo” – complementou Andréa, que disse que o plano de mobilidade integrado do ABC despertou a atenção de secretários dos transportes de outras regiões do Estado.
Para o diretor da SATrans, autarquia que gerencia os transportes em Santo André, Leandro Petrin, como a mobilidade está em destaque, o momento é de aproveitar oportunidades.
“Agora há linhas de financiamentos, projetos, elaborações de políticas públicas e temos de aproveitar o momento. Cito a própria cidade de Santo André. Teremos quatro estações de monotrilho, estação de trem que dará ligação a Guarulhos e buscamos fontes próprias e externas de financiamento, como o BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento” – disse Petrin. Santo André deve ter no início de junho o Bilhete Único, que vai dar o direito do uso de três ônibus apenas em um dos sentidos de viagem pelo valor de uma passagem no período de 90 minutos. No sentido de volta, será necessário pagar uma outra passagem, mesmo dentro do prazo de uma hora e meia. A cidade também pretende ter 13 corredores de ônibus.

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