segunda-feira, 11 de julho de 2011

Carros elétricos



Carros elétricos são uma forma incrível de reduzir a emissão de poluentes no mundo e por isso não cansamos de falar sobre eles. Claro que ir a pé ou de bicicleta além de ter “poluição zero”, também faz bem a sua saúde, mas dependendo da distância, carga a ser transportada, capacidade física da pessoa ou até do clima, um automóvel é inevitável.
Os bólidos com baterias no lugar de combustível estão se espalhando pelo mundo, mas ainda em ritmo lento e um dos maiores fatores é o preço – e põe maior fator nisso. O Ford Fusion movido à gasolina tem preço inicial de R$ 83.660,00 enquanto sua versão híbrida começa em R$ 133.900,00, nada menos que 60% de acréscimo.
A razão da diferença? Falta de escala e otimização da tecnologia – quanto mais carros forem vendidos, mais a indústria se voltará para ela, investindo em produção mais rápida, barata e eficiente, reduzindo o preço, vendendo mais e assim continuamente em um ciclo virtuoso.
Existem duas formas de acelerar esse processo: subsídios governamentais, como os 30% dados nos EUA e casos similares na Europa, e investimento das próprias montadoras em melhoria dos sistemas, visando obviamente o mercado reprimido, atual e futuro, dessa linha de produtos.

Uma oportunidade de desenvolvimento é o automobilismo, como a “F1 elétrica” ou oNissan para pistas. Sistemas como o KERS, que melhoram o consumo do carro, já saíram da F1 para carros de rua, exemplo do Novo Ford Focus 100% elétrico.




Um caso curioso, que mostra a força do elétrico/híbrido, mas triste por atrapalhar no desenvolvimento da tecnologia, aconteceu na Fórmula 1000 na última semana como relata o JalopnikBR: um Honda Insight experimental (híbrido) foi banido pelos organizadores por ser “rápido demais”. O veículo preparado pelos britânicos da OakTec Racing abriu 19 pontos de vantagem na competição em apenas três eventos.



“Esse carro é incrível! Vai no 110v ou 220v?”. A equipe não revela maiores detalhes sobre o conjunto motriz do carro – que envolve um motor à gasolina 1.3, um motor elétrico e uma bateria de íons de lítio – desenvolvido em parceria com a Lotus Engineering e a filial da Honda no país. A transmissão CVT do modelo foi criada pela Bosch, patrocinadora do projeto (como se pode ver pelos adesivos imensos no carro). O site não muito esclarecedor da equipe ainda cita o uso de supercapacitores para “colher energia”.




A reclamação dos concorrentes é compreensível já que seus orçamentos são apertados e sofreriam demais para competir contra empresas tão fortes. A solução é encontrar uma categoria na qual o Insight possa competir ou criar uma apenas para carros “verdes” (híbridos/elétricos).
De volta às nossas garagens ficam as questões: por que o Brasil ainda não tem políticas de incentivo para veículos híbridos? Petróleo/pré-sal é uma das primeiras respostas que vem a mente. Mas será que isso é tão mais vantajoso, financeiramente mesmo, do que a qualidade do ar e a saúde pública que geram tantos custos para o próprio governo? Será que biodiversidade e redução do aquecimento global sequer são levados em conta?

Eco Planet