quinta-feira, 5 de maio de 2011

Instalação obrigatória de rastreador de veículo é adiada para 2012

O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) adiou novamente a instalação obrigatória de dispositivo antifurto em veículos novos. Agora, os equipamentos devem começar a ser instalados só no ano que vem.

De acordo com a Resolução nº 330/09, o cronograma de instalação deveria ter sido iniciado na segunda-feira (2).

A Deliberação nº111, publicada na última sexta-feira (29), alterou a data para 15 de janeiro de 2012.

O dispositivo antifurto é composto por um chip escondido dentro do veículo. Com ele, o carro pode ser rastreado por sensores e radares eletrônicos espalhados pela cidade.

As informações são monitoradas por uma central, formando o Simrav (Sistema Integrado de Monitoramento e Registro Automático de Veículos).

O problema é que a infraestrutura de telecomunicações necessária para colocar o Simrav em funcionamento não está pronta, o que, segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), motivou o adiamento.

A instalação do dispositivo antifurto é adiada desde abril de 2009. A principal crítica à medida é que ela invade a privacidade do cidadão, que pode ser monitorado sem consentimento.

ABS E AIRBAG

De acordo com o novo cronograma, 20% da produção de veículos destinada ao mercado nacional deverá ter o dispositivo a partir de 15 de janeiro de 2012.

Em 15 de março de 2012, o equipamento deverá estar em 40% dos veículos fabricados. Já em 15 de junho, 70% precisarão sair da linha de montagem com o rastreador.

O programa termina em 15 de agosto de 2012, quando o sistema antifurto será obrigatório para 100% da produção.

A medida atingirá gradualmente toda a frota circulante, conforme a renovação, uma vez que não prevê a instalação em veículos usados.

A resolução inclui automóveis, comerciais leves, motos, caminhões, ônibus, tratores e reboques.

Além do rastreador antifurto, freios ABS e airbag também serão itens de série obrigatórios em veículos novos por resoluções do Contran.

O cronograma de instalação desses equipamentos começa em janeiro do ano que vem e atingirá 100% da produção em janeiro de 2014.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Campanha de trânsito prioriza pedestre em São Paulo


A partir do próximo dia 11 a Prefeitura de São Paulo iniciará uma campanha com o objetivo de reforçar, aos motoristas, que o pedestre tem sempre a preferência no trânsito. A ação, que será conduzida pela Secretaria Municipal de Transportes, pretende reduzir em 50% a quantidade de atropelamentos e mortes de pedestres. Só para se ter uma ideia, no último ano 630 pedestres perderam a vida no trânsito paulistano. De todas as 1.357 mortes registradas, 46,4% tiveram como causa atropelamentos. E 90% dos casos de atropelamento tem como causa o fator humano. Ou seja, motoristas que cometem infrações acreditando que não serão punidos e pedestres que atravessam fora da faixa de segurança.

Com base nestes dados, a Prefeitura chegou à conclusão de que é preciso criar uma cultura de respeito ao pedestre. Para alcançar este objetivo, motoristas serão alvo de uma campanha educativa, sendo que posteriormente a fiscalização punitiva também será intensificada – a Prefeitura ainda não informou por quanto tempo a campanha preventiva será realizada.

Uma das estratégias a serem colocadas em prática pela Secretaria Municipal de Transportes é a criação de oito zonas de proteção aos pedestres – estas áreas representam 1% do território da cidade e respondem por 11,5% das regiões de atropelamentos. A primeira ação será concentrada nas regiões Central e da Avenida Paulista. Nesses pontos, serão colocados agentes da CET-SP (Companhia de Engenharia de Tráfego), orientadores que ajudarão os pedestres a fazer uma travessia segura e apresentações de artes cênicas, também como forma de educar motoristas e pedestres.

Alguns dos locais que contarão com estes esforços são o cruzamento das Avenidas Ipiranga e São Luiz, Viaduto Jacareí (continuação da Avenida São Luiz), entre outras regiões. Desde o segundo semestre do ano passado, foram iniciadas ações de engenharia de tráfego para contribuir com o programa, como a criação de 4.245 faixas de pedestres, 450 pontos de travessias iluminados e padronização de limite de velocidade em corredores de tráfego. Confira abaixo algumas das infrações de trânsito constantes na tabela do Denatran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo) e relacionadas ao tema.

- Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na mudança de sinal luminoso.

Multa de 4 Pontos (média), com valor de R$ 85,13

- Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a veículo não motorizado que se encontre na faixa a ele destinada.

Multa de 7 Pontos (gravíssima), com valor de R$ 191,54

- Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a veículo não motorizado que não tenha concluído a travessia mesmo que ocorra sinal verde para o veículo.

Multa de 7 Pontos (gravíssima), com valor de R$ 191,54

- Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a veículo não motorizado portadores de deficiência física, crianças, idosos e gestantes.

Multa de 7 Pontos (gravíssima), com valor R$ 191,54

- Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a veículo não motorizado quando houver iniciado a travessia mesmo que não haja sinalização a ele destinada.

Multa de 5 Pontos (grave), com valor R$ 127,69

- É proibido ao pedestre andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea ou subterrânea.

Multa de 50% do valor da infração de natureza leve 3 Pontos (R$ 53,20). Neste caso, o valor é de R$ 26,60


segunda-feira, 2 de maio de 2011

Titular da Secretaria de Transportes Metropolitanos aponta o trânsito como um desafio

Secretário defende soluções integradas para a mobilidade urbana

O trânsito de São Paulo é um grande desafio e a sociedade civil tem a necessidade imperiosa de fazer com que a cidade ganhe mobilidade. Essa é a opinião do secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, que participou de encontro da política “Olho no Olho” realizado pelo Secovi-SP nesta sexta-feira, dia 29/4, em sua sede.

Para ele, o que mais destrói o Brasil é a descontinuidade de programas de governo e a negligência com aquilo que foi feito pelos antecessores. “Há um desequilíbrio do uso e ocupação do solo, com alta densidade de pessoas que residem longe do emprego. É preciso coragem política para mudar e estruturar”, enfatizou o secretário.

Fernandes lembrou que os conjuntos habitacionais foram construídos nas periferias e grande parcela da população adotou o método individual de deslocamento, com uso do carro. “O veículo mudou comportamentos, mas agora penaliza a população, tirando a liberdade de locomoção”. Ele diz que os longos deslocamentos da população em movimentos pendulares (ida e volta) ocorrem, principalmente, porque as moradias encontram-se afastadas dos locais de trabalho e estudo.

Apesar de considerar fundamental a expansão do metrô, afirma que é indispensável estimular o uso e a ampliar a eficiência do serviço que já existe. Em São Paulo, transportes individual e coletivo estão empatados, segundo informou o secretário: são 14 milhões de viagens por dia no sistema coletivo, 12 milhões em deslocamentos a pé ou de bicicleta e os mesmos 12 milhões no transporte individual. “Não devemos olhar aqueles que andam como vítimas, mas enxergá-los como praticantes de uma atividade saudável, tranquila e econômica”, assinala, destacando a importância da caminhada e que o mundo desenvolvido cada vez mais aposta em bicicletas. "É imperativa a mudança de comportamento, a inovação, a integração. A bicicleta não serve apenas para lazer, é um meio de transporte interessante, e deve ser utilizado.”

Integração – Jurandir Fernandes defendeu o sistema de transporte integrado, explicando que São Paulo registra hoje 8,5 milhões de passageiros por dia entre o Metrô (3,6 milhões), CPTM - Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (2,4 milhões) e EMTU - Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (2,5 milhões).

Segundo ele, o Metrô possui 70 quilômetros de linhas – e devem chegar a 99 quilômetros em 2014 –, integradas a 230 quilômetros de trens. “É preciso investir em ambas”, assinalou, informando que serão entregues mais 105 trens na CPTM (quase o dobro dos trens que circulam no horário de pico), e que a meta é reduzir para 3 minutos o intervalo entre as composições, dos atuais 7 minutos a 5 minutos.

Mudanças – O secretário afirma que é preciso promover as mudanças conjuntamente e pensar a cidade de forma equilibrada, trazendo os moradores para os subcentros, como Lapa, Centro e Brás. “Há que se acreditar na habitação no centro de São Paulo, colocando vida na cidade. Também não se pode deixar de levar investimentos para as pontas da Capital, nas periferias. Temos de levar empresas e serviços para as pontas e habitantes para as regiões centrais”, acentuou.

O presidente do Secovi-SP, João Crestana, ressaltou que Jurandir Fernandes tem a mesma abordagem que o setor com relação à mobilidade urbana, a preocupação em discutir formas de conscientizar a sociedade para a melhoria das cidades. “São Paulo é muito complexa e necessita de integração. O secretário trouxe essa visão de integração, para que os problemas comuns sejam tratados de forma conjunta por municípios vizinhos”, ponderou, reforçando que o urbanismo e suas soluções têm de estar cada vez mais presente nas conversas de toda a sociedade. “Com cidades bem planejadas, todos terão conforto, segurança, qualidade de vida”, concluiu.