quarta-feira, 20 de abril de 2011

São Paulo pode dobrar as emissões de CO2 até 2035

Em setembro de 2009 o estado de São Paulo criou uma lei para o combate ao aquecimento global. A lei é bem ambiciosa e quer que até 2020 as emissões de gases que causam o efeito estufa sejam reduzidas em até 20% comparados aos níveis de 2005. Mas como essa meta será atingida?

Não será nada fácil. Entre outros fatores pessimistas, há a previsão de que o dióxido de carbono gerado em 2005 deve crescer 55% até 2020 e passar do dobro em 2035. As estimativas estão todas no estudo Matriz Energética do Estado de São Paulo – 2035, da Secretaria de Energia estadual.

Boa parte desse crescimento será por conta da frota de automóveis, que bate recordes de vendas a cada novo ano. Precisamos de novas politicas para a redução de emissões e caso o estado queiram mesmo cumprir a lei, terá de tomar medidas ousadas e mexer com hábito das pessoas. Precisaríamos reduzir o uso dos automóveis, já que o transporte é o maior responsável pelas emissões. As grandes empresas e o próprio Poder Público também teriam que reduzir suas emissões.

20% de queda nas emissões ainda é possível

A Secretaria do Meio Ambiente diz, em nota, que a meta de 20% de redução vai continuar e que sua meta é baseada em modelo matemático.

Politicagem ou ciência, o fato é que o governo não pode parar de trabalhar para ficar dentro da meta.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Motoristas trocam carros por bicicletas para fugir do trânsito

Moradores de grandes cidades têm abandonado o carro e preferido viajar até o trabalho de bicicleta. Só em São Paulo, são mais de 200 mil pessoas que deixaram os engarrafamentos e decidiram circular pela capital sobre duas rodas.

São vendidos cinco milhões e meio de bicicletas no país, por ano. Metade dos compradores as usam para trabalhar, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes.

Uma pesquisa do Metrô de São Paulo revelou que sete de cada dez viagens de bicicleta são de pessoas indo para o trabalho. Na capital paulista, são 214 mil pessoas indo ou voltando do trabalho, sobre duas rodas.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Uso do smartphone ao dirigir é mais perigoso que celular

Nos últimos anos, o uso dos smartphones, que são telefones celulares que possibilitam o acesso à internet, tem crescido entre os brasileiros. Mas os usuários desse tipo de aparelho devem ficar atentos: da mesma forma que o celular, utilizar os smartphones para checar e-mails ou acessar a internet ao volante pode gerar multas e causar acidentes de trânsito.

De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o uso desse tipo de aparelho ao dirigir, se flagrado, o motorista pode ser enquadrado no Artigo 252 do Código Brasileiro de Trânsito, que proíbe dirigir veículos automotores com apenas uma das mãos e utilizar telefone celular, mesmo com fones de ouvidos. A multa para esse tipo de infração é de R$ 85,13, e o condutor perderá 4 pontos na carteira.

O Diretor do Departamento de Medicina Ocupacional da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Dirceu Rodrigues Alves Jr., alerta que o uso do smartphone é ainda mais perigoso que o do celular, pois desvia a visão do motorista para a tela do aparelho. “O risco é muito maior porque tirando a visão da frente do veículo, o motorista perde três, quatro ou cinco segundos. Se ele estiver a 100 quilômetros por hora, terá andado cerca de 120 metros sem a visão frontal, o que é um absurdo”.

Segundo o especialista, ao utilizar qualquer equipamento eletrônico na direção, o motorista passa a executar movimentos automáticos, como se fosse um robô. “Se perguntarmos a ele o que aconteceu na via naquele momento, ele não será capaz de distinguir que carro ele ultrapassou, se tinha algum pedestre, como era a sinalização. Ele estava em total desatenção com o ambiente”, disse.

O Denatran também alerta que o principal perigo dessa prática para a segurança no trânsito é a falta de atenção. Segundo estudo do órgão em parceria com o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), o principal fator para a ocorrência de acidentes nas estradas são os componentes humanos e comportamentais, que correspondem a 58,3% do total de acidentes. A falta de atenção especificamente é responsável por 28,2%.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não tem dados específicos sobre números de acessos por smartphones no país. De acordo com a Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), o número de acessos à internet por meio do Serviço Móvel Pessoal, que incluem smartphones e modems de conexão à internet, chegou a 23,6 milhões em fevereiro, com um crescimento de 81,9% em relação a 2010.

Em Brasília, o securitário Flávio Oliveira admite que usa o smartphone no trânsito por causa do trabalho, mas reconhece que a prática pode lhe render multas e até acidentes. “Às vezes uso o telefone para acessar e-mail enquanto dirijo, mas procuro não usar sempre, pois pode causar acidentes”.

á o secretário administrativo Rubens Oliveira considera imprudente o uso de aparelhos eletrônicos enquanto dirige e garante que, dependendo da urgência da ligação, coloca o telefone no modo viva-voz ou para o carro. Para ele, acessar a internet é mais perigoso que falar ao telefone. “Você tem que teclar e aí para de olhar para o trânsito e aumenta o risco de causar acidentes”.

No Distrito Federal, região com maior número de linhas de celulares por habitante no país (182,26 linhas para cada 100 pessoas), o Departamento de Trânsito (Detran) registrou 43.848 multas por uso de aparelho celular no ano passado.

Da Agência Brasil