quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Se voce estiver dirigindo e enfrentar alagamentos, siga a risca as instruções que o CESVI – Centro de Experimentação e Segurança Viária apresentam

1. Caso o motor morra durante a travessia, jamais tente dar a partida. Mantenha-o desligado e remova o veículo até uma oficina. Diante da possibilidade de admissão de água, essa prática reduz o risco de danos causados ao motor por um calço hidráulico.
2. Observe a altura do nível de água do trecho alagado. A maioria das montadoras estabelece uma altura máxima para essas travessias, não podendo exceder o centro da roda.
3. É prudente que o veículo, durante o alagamento seja dirigido em baixa velocidade, mantendo uma rotação maior e constante do motor, em torno de 2.500 RPM. Esse procedimento diminui a variação do nível da água e seu respingar junto ao motor; dificulta sua admissão indevida e a contaminação de componentes eletroeletrônicos, melhorando a aderência e a dirigibilidade do veículo.
4. No caso de veículos equipados com transmissão automática, a troca de marchas deve ser feita manualmente, selecionando a posição “1”. Dessa forma, o veículo não desenvolve tanta velocidade, sendo possível imprimir uma rotação maior ao motor. Outra possibilidade é manualmente alternar a troca de marchas entre “N” e “1”, de modo a manter a velocidade do veículo baixa durante o trecho alagado, sem descuidar da rotação do motor, sempre em torno de 2.500 RPM.
5. Alguns veículos automáticos oferecem como opcional o ajuste da tração, conhecido como “WINTER” ou “SNOW”. Embora sua função seja a de conferir maior segurança durante trechos de baixa aderência, como neve ou lama, evitando que o veículo patine graças ao bloqueio do diferencial, também deve ser utilizado durante alagamentos, pois beneficia o controle da velocidade do veículo e da rotação do motor.
6. Mantenha a calma nos casos em que, durante a travessia, sejam constatados sintomas como o aumento de esforço ao esterçar (direção hidráulica), variação na luminosidade das luzes do painel de instrumentos, alertas sonoros, flutuação dos ponteiros, luzes de anomalia da injeção eletrônica, bateria e ABS (se disponível) acesas, aumento do esforço ao acionar os freios e interrupção do funcionamento da tração 4 X 4 (veículos diesel), pois provavelmente todo esse quadro é causado pela perda de aderência entre a correia auxiliar e as respectivas polias da bomba da direção hidráulica, alternador e bomba de vácuo (veículo diesel), sendo, na maioria das vezes, um fato passageiro que não impede a dirigibilidade. Apenas reforce a cautela e mantenha o menor número possível de equipamentos ligados.
7. É recomendado desligar o ar condicionado, reduzindo assim o risco de calço hidráulico. Essa prática impede que alguns componentes joguem água na tomada de ar do motor. Veículos rebaixados e turbinados, na maioria das vezes, apresentam maiores riscos de sofrer calço hidráulico; por isso, é aconselhável manter a originalidade da montadora. Se o veículo estiver nessas condições, redobre a atenção aos procedimentos sugeridos.
8. Para os casos mais sérios de alagamentos, é recomendado preventivamente fazer um check-up, corrigindo, por exemplo, possíveis alterações do sistema de injeção eletrônica, muitas vezes simples e imperceptíveis nessa fase, como maus contatos, mas que posteriormente podem gerar grandes transtornos.
9. Pode haver, entre outros, a contaminação do cânister, do óleo da transmissão, do(s) eixo(s) diferencial(is), no caso de veículos com tração traseira ou mesmo quatro por quatro, o que determina a redução da vida útil dos componentes integrantes desses conjuntos, além de riscos acentuados de falhas na embreagem, suspensão e freios. Para combater os efeitos dessa possibilidade, é recomendável encaminhar-se rapidamente até uma oficina e solicitar a avaliação desses itens.
10. Havendo travessias consecutivas de alagamentos, recomenda-se uma limpeza do sistema de ventilação, pois estará sujeito à contaminação por fungos, microorganismos e bactérias, demandando limpeza de todo o sistema para a utilização segura.

Governo Alckmin muda diretoria do Metrô e da CPTM

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), decidiu mudar a diretoria do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

Nesta quarta-feira, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, anunciou Sérgio Henrique Passos Avelleda como novo presidente do Metrô no lugar de José Jorge Fagali. Desde 2008, Avelleda estava no comando da CPTM.

Para a CPTM, foi indicado Mário Manuel Seabra Rodrigues Bandeira, que desde 2009 ocupava a presidência da Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo). Ele volta ao posto que ocupou na gestão Alckmin anterior (2003-2006).

Para a diretoria do Metrô foram indicados José Kalil Neto (Finanças), Sérgio Eduardo Fávero Salvadori (Engenharia e Construções), Mário Fioratti Filho (Operações) e Laércio Mauro Santoro Biazotti (Planejamento e Expansão).

A nova diretoria da CPTM é composta por Milton Frasson (Finanças), José Luiz Lavorente (Operação e Manutenção), Eduardo Wagner de Souza (Engenharia e Obras) e Silvestre Eduardo Rocha Ribeiro (Planejamento).

O novo governo dará continuidade ao plano de expansão do transporte coletivo em SP, mas já começou a rever prazos e avalia não ser possível terminar até 2014 boa parte do que era divulgado pela gestão tucana de José Serra.

Por exemplo, só uma de quatro linhas de metrô anunciadas pelo antecessor está bem-encaminhada para conclusão até a Copa. E dois dos três monotrilhos podem sair do papel até lá, bem como a expansão de trens.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Veja o perfil de quem bate o carro


Os americanos estão recrutando alguns dos seus melhores estatísticos para saber quem é o sujeito que bate o próprio carro.

Se você está devendo dinheiro e é médico, esses especialistas em ciência do trânsito já olharão feio.

Se, além disso, você for um homem que costuma andar sozinho em carros grandes e alugados, meu amigo, os estatísticos pedem desculpas, mas precisam dizer: você não tem carteira de motorista, você tem porte de arma.

Esse perfil é resultado da análise de milhões de casos em bancos de dados sobre acidentes de carro --americanos amam tanto estatísticas quanto carros, então era mesmo de se esperar que tivessem muito material disponível sobre o assunto.

VAI DEVAGAR, AMOR!

O preço dos seguros não mente: homens realmente se envolvem em mais acidentes do que mulheres. "Homens parecem particularmente perturbados por dois poderosos compostos: álcool e testosterona", diz o escritor americano Tom Vanderbilt, autor do livro "Por que dirigimos assim?" (Ed. Campus), sobre a ciência do trânsito.

Homens são mais agressivos no trânsito, correm mais. Por isso, um homem tem mais do que o dobro de chance de morrer dirigindo do que uma mulher, ainda que elas se envolvam mais em colisões não fatais -pequenas barbeiragens, digamos.

Os estatísticos descobriram, porém, que um homem dirigindo sozinho tem uma chance maior de se acidentar do que com uma mulher no banco de passageiros.

Ninguém sabe direito o motivo. Uma hipótese é que ele seja mais cuidadoso porque quer protegê-la. A outra, talvez mais provável, é que a mulher incomoda tanto o sujeito com gritos de "cuidado!" que ele se rende --ou para o carro e manda ela descer, em um cenário mais raro.

Esse fenômeno é tão sério que o Exército israelense resolveu treinar soldados do sexo feminino para atuar, nas palavras deles, como "tranquilizadoras" dos soldados homens em deslocamento e evitar mortes --não se sabe se eles ficaram exatamente "tranquilizados", mas o número de mortes caiu.

No que se refere a profissões, médicos, sejam homens ou mulheres, estão no topo do ranking das ocupações que mais se envolvem em acidentes feito por uma seguradora da Califórnia.

Eles só perdem para estudantes --aí mais pela idade. Jovens têm menos experiência e são mais irresponsáveis.

A explicação é que médicos, além de terem uma profissão estressante, com frequência dirigem com certa urgência entre um hospital e outro, talvez ao celular.

Ninguém soube explicar a altíssima quantidade de arquitetos envolvidos em acidentes, em quarto lugar. Depois de muito refletir, os pesquisadores só conseguiram levantar uma hipótese: vai ver eles se distraem olhando prédios e acabam batendo.

Corretores de imóveis talvez batam muito por motivo similar --e eles estão o dia inteiro se deslocando pela cidade, uma hora acontece.

No outro extremo, fazendeiros (que dirigem bastante em lugares sem movimento) raramente batem o carro.

Independentemente da profissão, gente endividada se envolve mais em colisões. "Você não apostaria na possibilidade de motoristas arrojados serem pessoas avessas ao risco que anseiam por rotina e tranquilidade na sua vida normal, não? É um mantra antigo: um homem dirige como vive", diz Vanderbilt.

As pessoas também batem mais carros alugados --elas são, óbvio, mais cuidadosas se o patrimônio for seu. Carros maiores batem mais do que pequenos, pois a sensação de segurança inspira menos responsabilidade.

Números assim fizeram o economista da Universidade de Chicago Sam Peltzman tentar explicar por que avanços de segurança (notoriamente a adoção dos cintos) não se transformaram em menos mortes no trânsito: as pessoas passaram a dirigir mais perigosamente.

"O aumento na segurança nos carros foi 'compensado' pelo aumento no índice de mortalidade de pedestres, ciclistas e motociclistas. Economistas têm uma velha piada: o instrumento mais eficaz de segurança nos carros seria um punhal instalado no volante e apontado para o motorista", diz Vanderbilt.