quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

SP vai incluir homicídio doloso em acidente de trânsito em estatística

A partir de janeiro de 2012, os homicídios dolosos causados por acidente de trânsito serão incluídos no Sistema Eletrônico de Coleta de Dados, da SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo, como nova modalidade criminal.

De acordo com a secretaria, a mudança fixa uma nova metodologia nas unidades da Polícia Civil, já que acidentes com vítimas fatais, provocados por motoristas embriagados, passaram a ser registrados como homicídios dolosos recentemente.

A mudança foi publicada no Diário Oficial do Estado no último dia 22 e entra em vigor dia 1º de janeiro de 2012.

Pela nova regra, as unidades policiais deverão elaborar planilhas eletrônicas contendo os números dos Registros Digitais de Ocorrências de homicídios dolosos e latrocínios.

O levantamento deve ser encaminhado ao Núcleo de Análise de Dados, setor estatístico da Delegacia Geral de Polícia. Após a consolidação dos dados, o levantamento é disponibilizado para a Coordenadoria de Análise e Planejamento.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Feliz 2012

O ano de 2011 terminou. Nessa época do ano, é comum fazermos uma retrospectiva dos fatos ocorridos. O ano passado foi repleto de desafios e acontecimentos relevantes e como mais de 80% da população brasileira vive nas cidades enfrentando problemas diários nos seus deslocamentos, o automóvel está em questão como objeto produtor de poluição, como meio de transporte causador de congestionamentos e como artefato associado ao individualismo e a outras causas antissociais.

Passar por estes desafios que fazem parte da vida de todas as pessoas não foi uma tarefa fácil. No entanto, é chegado momento de saudar um novo ano e a melhor maneira é tentar refletir sobre o que podemos melhorar e colocar em prática nos meses que estão por vir.


Desejo a todos os mais sinceros votos de um ano de 2012 repleto de realizações e paz e que se coloque na agenda a necessidade de desenvolvimento de novas formas de motorização com a priorização do coletivo e dos modos não motorizados de se transportar.


2012 e o trânsito


Mais um ano se finda, nada de novo no Executivo e mais expectativas do que ações por parte do poder público na construção de um trânsito novo.
A falta de políticas públicas para a mobilidade urbana provocou uma queda de cerca de 30% na utilização do transporte público no Brasil nos últimos dez anos, segundo estudo divulgado pelo Instituto de Política Econômica Aplicada – IPEA.
O estudo mostra que o governo não apenas investiu muito pouco em mobilidade urbana nas últimas décadas, como também incentivou a utilização do transporte individual. Um dado da pesquisa mostra que 90% dos subsídios federais para transporte de passageiros são destinados à aquisição e operação de carros e motocicletas. Como conseqüência, o uso de automóveis nas grandes cidades cresce 9% ao ano, enquanto o de motocicleta dá saltos de 19%.
Somente em 2008, foram vendidos 2,2 milhões de carros e 1,9 milhão de motos e a previsão é que, em 2015, esses números dobrem. Em alguns lugares, dependendo do trajeto que se faça, sai mais barato usar moto ou até mesmo carro do que o ônibus, metrô ou trem.
Obviamente, esse panorama tem causado sérios problemas para as cidades, como congestionamentos, acidentes e poluição, principalmente. A renda da população está aumentando e, se não houver políticas no sentido de melhorar e incrementar o transporte público, essa situação vai se deteriorar ao ponto em que teremos cidades inviáveis.
A política de combustíveis também contribuiu para o encarecimento do transporte público, pois, segundo o estudo, os ônibus movidos a diesel estão presentes em 85% dos municípios do país e representam o principal meio de transporte de massas nas grandes cidades. Segundo o IBGE, o preço do óleo diesel subiu 50% a mais que o da gasolina nos últimos 10 anos.
Somente cerca de 8% do diesel consumido no Brasil vai para o transporte público, e isso nos permite afirmar que é bem possível subsidiar a compra de diesel para o setor do transporte público e, assim, baratear as passagens.
Sem maiores investimentos e sem políticas públicas de mobilidade urbana por parte do governo federal, será muito difícil atender à demanda que não para de crescer.
Os dados da mortalidade no trânsito, divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde, mostram que, infelizmente, nossos números continuam acima do aceitável.
No Executivo, não houve grandes ações dos governos. No Legislativo, alguns bons projetos foram apresentados e aguardam para serem convertidos em lei.
No campo do Judiciário, o STF anunciou, para o primeiro semestre do próximo ano, uma grande audiência pública para debater a questão do trânsito e o endurecimento da Lei Seca.
Nossa grande esperança é que em 2012, nós possamos definitivamente eleger o “trânsito” como o grande tema de utilidade pública. Além disso, esperamos que haja o fiel cumprimento das leis existentes, investimentos imediatos para solucionar a questão da mobilidade urbana, a aprovação do Plano Nacional de Segurança no Trânsito no Brasil, a implementação eficaz da Lei Seca, e acima de tudo, políticas de Estado permanente, que ultrapassem as fronteiras dos governos, para que juntos possamos SALVAR MILHÕES DE VIDAS!!!

Thiago França
é Presidente da Comissão de Direito de Trânsito da OAB/MT

São Paulo vai manter placas que alertam sobre radar eletrônico

Apesar da resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que derrubou a obrigatoriedade da instalação de placas de informação antes dos equipamentos de fiscalização eletrônica, a Secretaria Municipal de Trânsito (SMT) de São Paulo decidiu que vai manter toda a sinalização já existente na cidade.

Em vigor desde a quinta-feira da semana passada, a decisão do Contran desobriga as autoridades de instalar avisos sobre os pontos de fiscalização. Apesar disso, a resolução estabelece que os radares não podem estar escondidos da visão dos motoristas.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), órgão da SMT, justificou a manutenção das placas afirmando que "a sinalização, bem posicionada, reforça o efeito da fiscalização".

O Contran também flexibilizou outras exigências em relação aos radares móveis, que foram liberados em trechos de rodovias sem sinalização de velocidade máxima. O conselho também dispensou a realização de estudo prévio para a presença desses equipamentos em estradas. Agora, qualquer ponto pode ser alvo de fiscalização eletrônica com radares de velocidade.

Terra

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Placa de aviso de radar deixa de ser obrigatória

Os motoristas não precisam ser mais avisados da presença de radares fixos ou móveis nas ruas e estradas do país. Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) em vigor desde a última quinta-feira (22) derrubou a obrigatoriedade da instalação de placas de informação antes dos equipamentos de fiscalização eletrônica.

Apesar de abolir a instalação dos avisos, a resolução estabelece que os radares não podem estar escondidos da visão dos motoristas. Até 2003, a presença das placas era obrigatória. A norma foi revogada, mas entrou novamente em vigor em 2006.

O Contran também flexibilizou outras exigências em relação aos radares móveis, que foram liberados em trechos de rodovias sem sinalização de velocidade máxima. O conselho também dispensou a realização de estudo prévio para a presença desses equipamentos em estradas. Agora, qualquer ponto pode ser alvo de fiscalização eletrônica com radares de velocidade.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Viva o Papai Noel de Bicicleta!



Este Papai Noel circulava no sábado em Curitiba.

Estava muito bem arrumado, pedalava bem e tinha uma buzina ótima, forte, fazendo sucesso entre os transeuntes.

Foi uma cena muito bela. Um bom exemplo para todos nós.

Feliz Natal!


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Motorista será alvo inicial da Travessia Segura

Os motoristas serão o alvo inicial da campanha Travessia Segura, que será lançada amanhã pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Técnicos da entidade avaliam que o foco nos condutores é importante para garantir a segurança dos pedestres. A primeira fase deve durar aproximadamente um mês. As autuações por desrespeito às faixas começarão a ser aplicadas em março, segundo a entidade.

“Temos de educar os motoristas inicialmente. Não adianta falarmos para o pedestre que a faixa é segura se os carros continuarem desrespeitando”, avalia a coordenadora do Grupo de Trabalho de Mobilidade do Consórcio, Andrea Brisida.

A coordenadora explica que, na segunda quinzena de janeiro, a campanha será intensificada nas travessias. “Faremos ações para que o pedestre entenda que a faixa é o local correto para atravessar.” Apesar de ser idealizada pelo Consórcio, a ação será feita individualmente por cada uma das sete prefeituras da região.

Na visão da coordenadora, entretanto, as faixas só serão totalmente respeitadas após o início da aplicação das multas, que irão variar entre R$ 85,13 e R$ 191,53.

Na Capital, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego, o número de mortes por atropelamento caiu 30% entre janeiro e julho deste ano na comparação com o mesmo período do ano anterior. O número de atropelamentos sem morte teve queda de 19,3%.

Em São Bernardo, mesmo sem a criação de nenhuma campanha, o número de atropelamentos teve pequena queda entre janeiro e agosto deste ano na comparação com 2010. O número caiu de 395 para 356, redução de 9,9%. Em Santo André, as ocorrências tiveram alta de 15%, subindo de 299 para 342.

Em São Caetano, os atropelamentos caíram de 137 em 2009 para 98 em 2010, queda de 28,5%. Até agosto, 53 pessoas foram atropeladas na cidade. As demais prefeituras não divulgaram os dados.

REGIONALIDADE

Para o arquiteto e urbanista Nazareno Affonso, que idealizou o projeto pioneiro em Brasília, em 1997, o sucesso da campanha na região depende da sincronia entre as prefeituras. “É preciso que aja ação em conjunto.” Affonso defende que a ação tenha início em pontos específicos para que depois seja ampliada para todas as faixas.

Táxi ficará 7% mais caro a partir de janeiro

O preço da quilometragem cobrada pelos táxis da região terá aumento de 7% a partir do dia 1º. A taxa de reajuste foi divulgada ontem pelo presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e prefeito de Diadema, Mário Reali (PT). O aumento é superior à inflação oficial do País, ponderada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que expandiu 5,97% no acumulado do ano até o fim de novembro.

Com o acréscimo, o quilômetro cobrado na bandeira 1 - de segunda-feira a sábado, das 6h às 18h - passará de R$ 2,10 para R$ 2,25. A quilometragem da bandeira 2 subirá de R$ 2,52 para R$ 2,70. O valor da hora lenta ou parada, que hoje é de R$ 22, será de R$ 23,70. A bandeirada, que é o preço inicial medido pelo taxímetro, continuará sendo de R$ 4.

O último aumento no setor havia sido definido em dezembro do ano passado, quando os valores por quilômetro rodado foram acrescidos em aproximadamente 20%. Cerca de 1.370 taxistas atuam nas ruas da região.

O presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos do Grande ABC, Odemar Ferreira, disse não saber do índice de reajuste. "Para nós é uma boa notícia, mas só fiquei sabendo agora. Não fomos comunicados oficialmente."
O sindicalista espera receber ata oficial do Consórcio até a próxima semana.

Consórcio descarta aumento nas tarifas de ônibus municipais

O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC descartou a possibilidade de aumento nas tarifas de ônibus das linhas municipais para 2012. "No ano passado, quando fizemos as negociações com as empresas, foi definido que o reajuste seria válido para os próximos dois anos", afirmou o presidente da entidade, Mário Reali (PT). O petista acrescentou que não foi procurado formalmente pelos empresários do setor para discutir novos valores.

O diretor jurídico do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do Grande ABC, Francisco Bernardino Ferreira, deverá se reunir hoje com representantes das empresas para definir se a entidade entrará ou não com pedido de aumento junto ao Consórcio. Ferreira afirmou que só irá comentar a afirmação de Reali após o encontro com os empresários.

No fim de novembro, a Associação das Empresas do Sistema de Transportes de Santo André protocolou na Prefeitura pedido de aumento nos coletivos municipais para R$ 3,41 - atualmente, a passagem custa R$ 2,90. A administração municipal ainda não se posicionou a respeito do pedido.

DGABC

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Consórcio lança Campanha Travessia Segura na quarta-feira, dia 21, em São Caetano

O Consórcio Intermunicipal Grande ABC, por meio do Grupo de Trabalho Mobilidade, lançará a Campanha Regional Travessia Segura na próxima quarta-feira (21/12), às 10h. O evento será realizado no auditório do Centro de Capacitação dos Profissionais da Educação (Cecape) Dra. Zilda Arns, em São Caetano do Sul (Rua Tapajós, 300, esquina com a Av. Goiás).

Haverá a apresentação da Campanha Travessia Segura, que serão divulgadas nos sete municípios do Grande ABC. Também haverá performances educativas e os participantes farão a travessia na Av. Goiás.

O objetivo é priorizar a travessia dos pedestres na faixa, promover o respeito e a cidadania entre motoristas e pedestres, conscientizar os motoristas a respeitar a faixa de pedestres, implantar na região o gesto para o pedestre pedir a travessia e reduzir os atropelamentos.

O programa priorizará o pedestre por ser o ente mais vulnerável no sistema de mobilidade e conscientizará o motorista de suas responsabilidades na prevenção e redução dos acidentes, com proposta de grande mudança de comportamento, tanto dos motoristas quanto dos pedestres.

O GT Mobilidade previu um conjunto contínuo de ações educativas, de fiscalização, engenharia e reforço da sinalização para resgatar a importância do respeito à vida, da cidadania e da aplicação do Código de Trânsito Brasileiro. O GT utilizou como referência o exemplo do programa implantado em Brasília na década de 1990, com envolvimento do poder público, sociedade e imprensa.

O período de 2011-2020 foi estabelecido como “Década de Ação para a Segurança Viária” pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), com base em estudos elaborados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A meta é reduzir em até 50% o número de mortos e feridos por acidentes de trânsito na região, em conformidade com a meta da ONU. Se nenhuma ação for tomada na próxima década, o número de mortos por acidentes de trânsito crescerá dos atuais 1,3 milhões anuais para 1,9 milhões em 2020, em todo o mundo.

Preparação – O GT iniciou em setembro a preparação para a implantação do programa com ações de sensibilização de gestores municipais, transportadores escolares, motoristas de transporte coletivo e taxistas. O Serviço Social do Transporte (Sest) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) incluíram em seu programa de treinamento e capacitação o tema “Travessia Segura”. Os municípios também estão priorizando a manutenção e adequação das travessias para a implantação do programa.

Orientações aos motoristas:

- Reduza a velocidade e redobre a atenção ao se aproximar de uma faixa de travessia;

- Avalie as condições de segurança antes de conceder preferência ao pedestre;

- Acompanhe pelos espelhos retrovisores a movimentação de outros veículos;

- Dê passagem aos pedestres nas travessias devidamente demarcadas e onde não houver semáforo;

- Aguarde a completa travessia dos pedestres para colocar seu veículo em movimento.


Serviço:

Campanha Regional Travessia Segura

Dia 21 de dezembro, às 10h

Local: Centro de Capacitação dos Profissionais da Educação (Cecape) Dra. Zilda Arns

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Secretário admite manter baldeação na Estação Brás

DGABC

A Estação Brás, na região central da Capital, deverá ser o destino final da Linha 10-Turquesa da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, que vai até Rio Grande da Serra. Até agosto, as composições encerravam a viagem na Luz, quando o trajeto foi interrompido em função de obras de modernização na via férrea. As intervenções já foram concluídas, mas até agora o trajeto entre o Brás e a Luz não foi retomado.

O secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, reconhece a possibilidade de que os trens passem a parar no Brás definitivamente. Um dos motivos para a possível mudança é a sobrecarga da Estação Luz, que passou a receber ainda mais passageiros a partir de setembro, quando o terminal passou a atender à Linha 4-Amarela.

"Fizemos pesquisa que aponta que 82% dos usuários da Linha 10 avaliam que o serviço melhorou após a mudança (parar no Brás)", comenta o titular da Pasta. Segundo o secretário, após a diminuição no trajeto, o tempo médio de intervalo entre os trens caiu de oito para seis minutos. "As pessoas que estão usando a linha para descer no Tamanduateí ou no Brás estão contentes", complementa Fernandes.

Os transtornos, no entanto, são sentidos pelos passageiros que precisam se deslocar até a Luz. Uma das opções de chegada ao terminal é fazer baldeação na Linha 11-Coral, que compõe o Expresso Leste. A principal reclamação dos usuários é referente à superlotação da linha.

Segundo usuários do sistema, a transferência para o Expresso Leste faz com que o tempo total do trajeto seja aumentado em até 20 minutos nos horários de pico.

A CPTM informa que a Linha 10-Turquesa é utilizada por aproximadamente 370 mil pessoas nos dias úteis. Também de acordo com a companhia, cerca de 400 mil pessoas circulam todos os dias pela Estação Luz. O terminal oferece acesso às linhas 1-Azul e 4-Amarela, do Metrô, e 7- Rubi e 11-Coral, da CPTM.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Audiência Pública discute imprudência no trânsito

A Assembleia Legislativa de São Paulo realizará hoje (8), a partir das 19h, a "Audiência Pública para Discutir Formas de Combate aos Motoristas Criminosos".
O evento reunirá autoridades e vítimas de acidentes de trânsito com o objetivo de discutir formas e maneiras para combater o avanço desse problema, que a cada dia que passa, vitimiza cada vez mais gente.Transformar essa situação parece ser a palavra ideal, uma vez que os dados apontam um quadro assustador. No Brasil, são 150 mil vítimas fatais, diretas e indiretas, no trânsito ao ano, sendo 411 vítimas por dia, 17 por hora.
O assunto não é novo, porém, ano após ano, famílias choram e pouca coisa muda. Acidentes, como o envolvendo o veículo Porsche no Itaim, que vitimou a advogada Carolina Menezes, o atropelamento de Miriam e Bruna Baltresca, mãe e filha esmagadas em frente ao Shopping Villa Lobos e o jovem Vitor Gurman, atropelado enquanto caminhava na Vila Madalena comprovam uma coisa: os motoristas bebem, correm e são imprudentes, pois não tem medo de que sejam punidos.
Agora, a deputada estadual Maria Lúcia Amary - presidente da CCJR - é a responsável por organizar o movimento que reúne todas as frentes de combate, para que resultados práticos e eficazes sejam colhidos. "Um simples movimento político, tem um resultado limitado. Ações isoladas, também seguem o mesmo caminho.
Além de pedestres e motoristas, alguns movimentos de ciclistas já confirmaram a presença, como é o caso do movimento "Vá de Bike", que terá um lugar reservado dentro do estacionamento da Assembleia Legislativa que servirá de estacionamento para as bicicletas.
O movimento "Não Foi Acidente", criado por Rafael Baltresca, que perdeu a mãe e a irmã em um acidente de trânsito, resume a importância deste primeiro passo: "Estamos vivendo uma guerra disfarçada, que pode ser evitada. Ou nos juntamos e dizemos um grande basta, ou vamos continuar perdendo nossos entes queridos.
O individual não pode ser mais forte que o coletivo".

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Monotrilho do ABC terá R$ 230 mi para desapropriações

O projeto do monotrilho para o ABCD, a chamada linha 18 – Bronze do Metrô, terá verba de R$ 230 milhões para desapropriações de áreas que serão feitas ao longo do percurso. O anúncio foi feito pelo secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, que esteve nesta segunda-feira (05/12) no Consórcio Intermunicipal. Durante a reunião, foi discutida também a construção de dois trilhos para a implantação do projeto Expresso ABC, trens com menos paradas que ligarão as estações Luz e Mauá. De acordo com Fernandes, o valor das desocupações em decorrência da construção do monotrilho é uma estimativa de um laudo feito por técnicos da secretaria estadual. O secretário não soube detalhar quais áreas terão mais desapropriações, mas disse que “apesar do valor alto não haverá muitas intervenções”, disse. Fernandes afirmou que uma parte do trajeto do monotrilho irá margear o Córrego dos Meninos, São Caetano e passará por locais onde há imóveis em desuso. “Tomamos o cuidado para que não fossem afetadas escolas, hospitais ou indústrias em atividades”, ressaltou. O trajeto entre o ABCD e a Capital será de 20 quilômetros. A viagem deve durar 35 minutos. O monotrilho ligará a Estação Tamanduateí, em São Paulo, aos bairros Jardim São Caetano e Mauá, em São Caetano; Vila Palmares, Sacadura Cabral, Vila Scarpelli, Jardim Bom Pastor, em Santo André; Baeta Neves, Centro, Ferrazópolis, Alvarenga, em São Bernardo. Essas localidades não são atendidas por trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). O secretário de Transportes destacou também que foi criado um fundo financeiro para dar sustentação ao projeto. “Estamos aguardando uma manifestação do Governo Federal que deve investir cerca de R$ 400 milhões. Tudo leva a crer que seremos bem-sucedidos nessa aprovação”, salientou. Também integram o fundo um financiamento de R$ 1,2 bilhão do governo paulista junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) e a contrapartida do Estado que investirá R$ 1,1 milhão no monotrilho. “Nossa expectativa é chegar em 2013 com os recursos dessa primeira fase garantidos”, disse Fernandes. Na próxima sexta-feira (09/12), o projeto do monotrilho também entrará na pauta de discussões da comissão que discute Parcerias Público-Privada (PPP). “Futuramente, a operação do monotrilho será terceirizada”, afirmou. O presidente do Consórcio Intermunicipal, Mário Reali, destacou que o anúncio oficial do Governo Federal depende do resultado dessa comissão. “Todo o projeto está bem encaminhado, mas é necessário saber como será essa PPP para que a União possa se manifestar”, disse. A PPP poderá ser feita em duas modalidades. A primeira com o Estado fazendo os projetos funcional, básico, desapropriações e licenças ambientais e a obras, deixando para a iniciativa privada a compra dos três e da operação do sistema. A segunda modalidade é o Estado fazendo as mesmas etapas e deixando obras e operação com o capital privado. “Na sexta-feira, vamos apresentar o custo total da obra, que é composto de suas fases: a primeira de R$ 2,8 bilhões e a segunda, que fará a ligação até o Alvarenga, de R$ 1,2 bilhão”, disse Fernandes. Também já começou a ser elaborado o EIA/Rima (Estudo de Impacto Ambiental Relatório de Impacto Ambiental). “O documento está sendo desenvolvido por equipes do Metrô e da Secretaria de Transportes Metropolitanos. Depois de pronto, teremos a sustentação para as próximas licenças ambientais”, salientou Fernandes. Expresso ABC Quanto ao Expresso ABC, o secretário disse que o projeto está mais adiantado que o do monotrilho. Inclusive, já passou pela comissão de PPP’s do Estado. “Estamos em fase de negociação para viabilização de áreas. No local onde haverá o expresso há terras da União e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos)”, afirmou o secretário. A ideia é que sejam instalados cinco trilhos paralelos, dois para servirem a linha 10 – Turquesa (que vai da Luz a Rio Grande da Serra), um para os trens de carga e outras duas para o Expresso ABC. “Nossa meta é entregar esse projeto em 2014 e a primeira fase do monotrilho em 2015”, disse Fernandes. Atualmente, a viagem entre Mauá e a estação da Luz, na Capital, demora em torno de 36 minutos. A expectativa é que o Expresso ABC reduza o tempo de viagem para 25 minutos, pois o trem fará paradas em apenas cinco estações: Mauá, Santo André, São Caetano, Tamanduateí e Brás. As cinco estações que farão as integrações serão remodeladas para receberem o novo trem. A expectativa é que o Expresso ABC transporte 600 mil passageiros por dia. “Com a redução do tempo, vamos atrair mais demanda”, ressaltou.
ABC MAIOR

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Justiça suspende afastamento de presidente do Metrô de SP

A Justiça de São Paulo suspendeu nesta terça-feira a decisão de afastar o presidente do Metrô, Sérgio Avelleda.

Ele havia sido afastado por decisão da juíza da 9ª Vara da Fazenda Pública, Simone Gomes Rodrigues Casoretti, no dia 18 de novembro. Na decisão, a juíza ainda determinou a suspensão dos contratos de prolongamento da linha 5-lilás --de Adolfo Pinheiro até a Chácara Klabin-- por suspeita de fraude na concorrência da obra, de R$ 4 bilhões.

Em decisão do dia 22, o presidente do Tribunal de Justiça, José Roberto Bedran, liberou a continuidade das obras da linha, mas manteve o afastamento do cargo do presidente da companhia.

A decisão desta terça-feira de suspender o afastamento de Avelleda é do desembargador Márcio Franklin Nogueira, relator do caso.

Na decisão, Nogueira afirma: "Não há dúvida que são fortes os indícios de fraude no procedimento licitatório. Porém, com o devido respeito à culta magistrada de primeiro grau, são necessários mais que indícios para providência de tamanha gravidade como o afastamento do Presidente de companhia como a do Metrô".

O Ministério Público afirma que vai recorrer.



Fonte: Folha Online

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Trânsito mata 572 pessoas a mais que homicídio em SP

AE
Se São Paulo parece ter encontrado o caminho para a redução dos assassinatos, o mesmo sucesso ainda não foi alcançado na prevenção às mortes em acidentes de trânsito. Nos dez primeiros meses do ano, morreram 3.991 pessoas em acidentes no Estado, 572 vítimas a mais do que as 3.419 assassinadas
Considerando os casos de homicídios culposos (quando não há intenção de matar), as mortes nos dez primeiros meses cresceram 5,3% no Estado. Na capital, as mortes por acidente de trânsito ainda ficam abaixo dos assassinatos. São 595 vítimas de acidentes e 855 de homicídio.
Enquanto São Paulo comemora a chance de fechar o ano com taxa de 9,82 homicídios por 100 mil habitantes, abaixo dos 10 casos por 100 mil, valor considerado pela Organização Mundial de Saúde como epidêmico, no trânsito essa taxa chegou a 11,4 mortos por 100 mil habitantes. Foram 409 mortes em outubro.
Para tentar reverter esse quadro, delegados da Polícia Civil têm adotado maior rigor nos registros dos boletins de ocorrência. Em outubro, nove acidentes levaram motoristas envolvidos em mortes a serem indiciados por dolo eventual - quando não há intenção de matar, mas o motorista assume os riscos que o levam ao acidente. No ano, já foram 42 registros semelhantes.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Consórcio discute Horário de Pico com Metra e EMTU

O Grupo de Trabalho Mobilidade do Consórcio Intermunicipal realizou nesta quinta-feira (24/11) reunião com técnicos da EMTU e da Metra para melhorar a fluidez do tráfego nos corredores onde há compartilhamento e faixas segregadas. A EMTU e a Metra se dispuseram a colaborar com a Operação Horário de Pico, iniciada no último dia 21 pelas prefeituras para garantir o mínimo de fluidez nos três principais eixos de tráfego da Região.
Foi acordado que cada município discutirá a revisão e a alteração da programação semafórica em pontos necessários. Também ficou acertado o apoio operacional e de equipamentos entre os municípios e a EMTU em casos de acidentes.
Em casos emergenciais, como acidentes que fecham a via local, os departamentos de trânsito municipais, com a Metra, poderão autorizar o uso do corredor de trólebus exclusivamente para sanar o problema e se não houver opção de desvio.
A Operação Horário de Pico é uma ação imediata das prefeituras da Região, com prazo de implantação curto, e busca responder a uma situação de colapso na mobilidade da região, garantindo um mínimo de fluidez no tráfego.
Para o Consórcio, a solução do problema da mobilidade passa por obras de transporte coletivo e de infraestrutura que têm caráter metropolitano e que dependem de investimentos do governo estadual, como, por exemplo, a extensão do metrô ao ABCD, a otimização da linha da CPTM e da EMTU que servem a Região.
Também são fundamentais para a solução do problema da mobilidade, na avaliação da entidade, obras de infraestrutura, como a melhoria dos acessos da via Anchieta. Esses acessos diariamente apresentam congestionamentos que repercutem em todo o viário do ABCD.
Além da operação integrada de trânsito nos horários de pico, a operação contemplará também a reorganização da circulação de cargas nos três eixos somente no horário de pico, com início da sinalização e orientação a partir de 28 de dezembro e autuação a partir de fevereiro de 2012; e reorganização do estacionamento nos três eixos, deslocando as vagas existentes para vias locais, com início previsto para fevereiro de 2012.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Empresários buscam diálogo com Consórcio

DGABC
Em reunião realizada na noite de ontem na sede do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga do ABC, em São Caetano, empresários associados e integrantes do Setrans definiram a marcação de audiência com o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, que será realizada até a semana que vem. Também participaram do encontro os deputados estaduais Orlando Morando (PSDB), Vanessa Damo (PMDB) e Donisete Braga (PT).
O objetivo é tentar diminuir os impactos no setor quanto à proibição de tráfego de caminhões nas principais vias da região. A medida foi determinada pelo Consórcio no começo do mês visando melhorar a fluidez no trânsito. No momento, a categoria descarta a possibilidade de entrar na Justiça contra o órgão. "Vamos tentar pelas vias normais, pois acreditamos que há boa vontade em dialogar", disse o presidente do Setrans, Salim Kalil Neto.
De acordo com o sindicato, a restrição trará prejuízos e poderá acarretar até demissões à categoria, que reivindica solução menos danosa às transportadoras. "Estamos fazendo estudo técnico para levar à reunião e mostrar a real situação do problema. A medida foi precipitada e sem discussão técnica. Queremos é que eles (os prefeitos) tenham condição de atender às necessidades deles sem atrapalhar as nossas."
A solução apresentada pelo Consórcio, de substituição dos caminhões por VUCs (Veículos Urbanos de Carga), foi considerada inviável pelos empresários por conta da capacidade inferior de transporte. "Tiraríamos um caminhão que carrega 30 toneladas e teríamos de colocar mais dez VUCs. Ou seja, mais trânsito", resume.
Ao todo, serão 40 quilômetros de vias atingidas pela restrição, divididas em três eixos. O primeiro representa a ligação entre Ribeirão Pires e São Caetano e engloba as avenidas Humberto de Campos, Capitão João, Perimetral, Dom Pedro II e Goiás, entre outras. O segundo eixo, que liga Santo André a Diadema, contempla as avenidas Fábio Eduardo Ramos Esquível, Piraporinha, Lucas Nogueira Garcez e Pereira Barreto.
O último corredor liga São Bernardo a São Caetano e é composto pelas avenidas Lauro Gomes, Dr. Rudge Ramos, Taboão, Guido Aliberti e Estrada das Lágrimas.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Número de mortes no trânsito é como de guerra, motociclistas são os mais afetados

Todos os dias, cerca de 160 pessoas morrem por acidente de trânsito no Brasil. Os números são de guerra. E tem sido assim nos últimos cinco anos, segundo dados da seguradora que administra o DPVAT (Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos de Via Terrestre). Na maioria dos casos, as vítimas são os próprios condutores, que têm entre 21 e 30 anos de idade. Do total de indenizações pagas em 2010, 61% eram para motociclistas.

Já o Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde revela que o número de mortes por acidentes com motocicletas no país praticamente triplicou em nove anos, passando de 3.744, em 2002, para 10.143 em 2010. Somente no ano passado, mais de 40,6 mil brasileiros morreram em acidentes nas ruas e estradas do país. Os acidentes com motos responderam por 25% das mortes.

Um dos motivos para esse mortandade é o aumento da frota deste tipo de veículo. O número de motos rodando nas cidades brasileiras vem aumentado consideravelmente. As estatísticas da frota de motocicletas começaram a ser feita somente no ano 2000, e desde então, o crescimento chega a 325%.

Apenas entre 2009 e 2010 essa frota aumentou 12%, chegando a 10,6 milhões de motos no país. A projeção é de que até 2015 a frota brasileira de motocicletas seja de 15,5 milhões, com crescimento anual estimado em 10%. Conseqüentemente, os motociclistas se tornaram a maior vítima no trânsito brasileiro.

Em Mato Grosso do Sul a realidade não é diferente. Com tantas motocicletas rodando, dados do Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul) revelam que 91% dos acidentes de trânsito com vítimas fatais envolvem esse tipo de veículo, 85% dessas vítimas têm idade entre 17 e 35 anos.

O número de acidentes de trânsito envolvendo motocicletas no Brasil é tão grave que não preocupa apenas órgãos de trânsito do país, mas internacionais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) está convencida de que os motociclistas são os principais responsáveis pelos acidentes.

Segundo a representante da OMS no Brasil, Mercedes Maldonado, 70% das causas [de acidentes] são devidos a fatores humanos. E com o aumento da frota de motocicletas aumentou muito o número de acidentes. Ela aponta a má condução do veículo como principal fator desta estatística.

Falta preparo, falta informação

A má condução apontada pela OMS tem nome: falta de preparo. Segundo Wilson Kenji Yasuda, coordenador da Comissão de Segurança Viária da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) pesquisa recente feita com acidentados no trânsito revelou que 70% dos motociclistas envolvidos em acidentes não tinham carteira de habilitação.

O presidente do sindicato das motoescolas, José Guedes Pereira, informa que mais de 90% das pessoas que procuram uma autoescola para obter a carteira de moto já são motoqueiros.

Apesar de dados tão grave, o presidente da Abramet (Associação Brasileira de Medicina do Tráfego), Mauro Augusto Ribeiro, revela que os índices de acidentes envolvendo motocicletas esbarram na falta de informações confiáveis.

Segundo ele, não há dados anuais sobre acidentes de trânsito no país e os poucos números disponíveis não refletem a realidade, pois ignoram características particulares de cada região, de cada estado ou município, e nem levam em consideração o que causa os acidentes.

Com isso, fica difícil traçar políticas públicas que poderiam ajudar a reduzir os acidentes.

Imprudência

O que se sabe, é que álcool, velocidade acima do limite, falta de fiscalização e de atenção estão entre os principais motivos listados de tantos acidentes. Segundo a Abramet (Associação Brasileira de Medicina do Tráfego) três em cada dez traumas registrados têm a presença de um dos envolvidos alcoolizados.

Os que sobrevivem às colisões também convivem com sérias seqüelas. Muitos perdem a mobilidade e com ela a independência. A gravidade dos ferimentos é resultante da interferência que a bebida provoca nos reflexos.

Por estes motivos, os tratamentos são longos e custam caro ao SUS (Sistema Único de Saúde) e unidades preparadas para reabilitação. Conforme ao DataSus, os gastos registrados no sistema nesse mesmo período, somaram R$ 153 milhões para custear internações hospitalares de acidentados no trânsito brasileiro – uma média de R$ 390 reais por minuto, retirado dos cofres públicos.

Ainda segundo estudos, se for considerado que uma vítima de acidente de trânsito com ferimentos de média complexidade passa pelo menos 30 dias em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva), onde a internação diária custa R$ 1, 2 mil, o Estado gasta, em média, R$36 mil com cada paciente. Se for incluso no custo um procedimento cirurgia, esse valor pode aumentar para R$46 mil mensais.

E esse é só o valor inicial dos gastos com a saúde da vítima do trânsito, já que, após sair da unidade, a vítima acaba gerando gastos com medicamentos, tratamentos de fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional.

sábado, 19 de novembro de 2011

SP: desrespeito ao pedestre dará multa no Grande ABC

Band
As sete prefeituras do ABC, município da Grande São Paulo, começam no dia 21 do próximo mês campanha de proteção máxima ao pedestre. Serão 90 dias de ações focadas no reforço da educação no trânsito para que em março os agentes comecem a multar motoristas que não respeitam a faixa de pedestres.

A campanha foi elaborada pelo GT (Grupo de Trabalho) de Mobilidade Urbana do Consórcio Intermunicipal. Foram utilizados exemplos de cidades que já adotaram o programa, como São Paulo e Brasília. De acordo com a coordenadora do grupo e especialista em planejamento de transporte em São Bernardo, Andrea Brisida, não serão contratados novos fiscais.

“O desrespeito ao pedestre já é infração de trânsito. Com a campanha, os agentes das prefeituras ficarão focados nas vias em que há mais atropelamentos”, disse.

Cruzamentos mais perigosos receberão reforço na sinalização e placas educativas sobre a infração. A coordenadora afirma que haverá alteração também na travessia de algumas vias.

“As prefeituras estão finalizando diagnósticos sobre locais onde é arriscado manter passagem para pedestre. Em São Bernardo, há previsão de modificações na região do paço.” São Caetano lançou em maio campanha de proteção ao pedestre, focada na avenida Goiás. As placas de atenção, porém, foram retiradas alguns meses depois.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Região inicia campanha para proteger pedestres



Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC

A partir do mês que vem, a região iniciará campanha para preservar a integridade dos pedestres. O projeto Travessia Segura será lançado pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC no dia 21 de dezembro e tem o objetivo de reduzir o número de atropelamentos. A previsão é de que, após três meses de adaptação, sejam iniciadas as autuações a motoristas que desrespeitarem as faixas de segurança. Quem parar sobre a faixa ou não der prioridade ao pedestre no local apropriado para a travessia receberá multa entre R$ 85,13 e R$ 191,53.

A campanha será feita de modo semelhante ao Programa de Proteção ao Pedestre, lançado em maio na Capital pela Companhia de Engenharia de Tráfego. A primeira ação do tipo foi criada em 1997, em Brasília, após forte mobilização popular.

A coordenadora do Grupo de Trabalho de Mobilidade do Consórcio, Andrea Brisida, informa que, mesmo antes do lançamento oficial, o projeto está sendo executado pela entidade. "O planejamento começou a ser feito em agosto. Estamos desenvolvendo trabalho de preparação, além das campanhas publicitárias e de conscientização." Os gastos com adaptação de semáforos e mudanças em faixas e calçadas ficarão por conta de cada prefeitura, enquanto o Consórcio bancará os materiais educativos. O gasto com publicidade ainda não foi definido.

Outra ação que está em curso é a preparação de motoristas das frotas públicas dos municípios. "É importante que todas as equipes técnicas das prefeituras estejam sensibilizadas e treinadas para isso. Seria uma tragédia muito maior se um motorista da frota pública se envolvesse em atropelamento. Esses profissionais têm de dar exemplo", acrescenta a coordenadora.

Para facilitar a elaboração de metas, o Consórcio pediu ao comando da Polícia Militar na região a elaboração de tabela com as estatísticas de evolução nas ocorrências de atropelamentos nos sete municípios. A corporação informou que os dados estão sendo levantados e deverão ser apresentados à entidade nesta semana. "Uma das coisas que nos levaram a ter mais empenho nesse projeto é o fato de que estamos na década mundial de redução de acidentes, cuja meta internacional é reduzir em 50% esse número. Nosso objetivo é seguir esse patamar também aqui na região", salienta Andrea.

Na avaliação da coordenadora, a campanha realizada na Capital apresenta resultados positivos também no Grande ABC. "Já começamos a perceber mudança no comportamento dos motoristas, principalmente os que estão acostumados a andar em São Paulo."

PREVARICAÇÃO - A coordenadora do Grupo de Transportes avalia que o projeto Travessia Segura nada mais é do que colocar em prática o cumprimento da lei. "Em tese estamos prevaricando quando não multamos o desrespeito ao pedestre, pois isso está previsto no Código de Trânsito Brasileiro."


Motoristas da região ainda ignoram a faixa de pedestres

Atravessar a rua em locais sem semáforos na região exige paciência e atenção. A equipe do Diário percorreu diversas avenidas do Grande ABC e constatou que ainda é baixo o número de motoristas que param para os pedestres atravessarem. O descaso faz com que muitos transeuntes ignorem os pontos seguros e cruzem as vias em locais inadequados.

A reportagem verificou que a maior parte dos condutores que respeitam os transeuntes está em São Caetano. O município criou em maio o programa Faixa Segura, que também tem o objetivo de estimular a harmonia entre carros e pedestres. Na Rua Serafim Constantino, em frente ao terminal rodoviário, é comum observar veículos parados aguardando a travessia. "Aqui o pessoal está respeitando, mas é porque geralmente ficam guardas por aqui. Em outras ruas, a gente volta a ser ignorada", pondera a aposentada Diva Lucianelli, 68 anos.

Na Avenida Presidente Kennedy, no bairro Olímpico, a faixa foi ignorada. Até quem deveria dar o exemplo cometeu infração. Caso de um carro de auto-escola, que, enquanto um grupo aguardava para atravessar, passou pelo ponto demarcado como se nada estivesse acontecendo.

"Para grande parte dos motoristas, a faixa é apenas um desenho. Geralmente, quando não há semáforo, tenho que correr para chegar do outro lado", critica a consultora de imóveis Maira Grecchi, 40.

Mesmo ignorando as faixas, motoristas elogiam o projeto Travessia Segura, mas fazem ressalvas quanto à praticidade do programa. "Acho que é muito positivo, mas para que dê certo, todos têm de estar conscientes. Se eu parar na faixa e o motorista de trás não fizer a parte dele, vou ser atingido", pondera o aposentado Vagner Blanco Dias, 54. Morador de São Caetano, ele conta que, durante a semana, quase presenciou acidente por conta da falta de sincronia entre os condutores.

"Um caminhão estava na faixa da esquerda e deu passagem para um senhor atravessar. O problema é que, pela esquerda, vinha um carro que só parou porque o caminhoneiro fez sinal. Quase houve atropelamento."

A dona de casa Lindamar Medeiros, 46, acrescenta que a lei deve ser seguida também por quem está a pé. "Não adianta o pedestre achar que é dono da rua e atravessar em qualquer lugar, ou fazer a travessia em local semaforizado quando o farol está vermelho para ele." Na opinião dela, a conscientização só vai ter efeito prático quando iniciarem a aplicação de multas. "Não tem condição. O brasileiro só aprende quando sente no bolso mesmo."

Na Capital, número de mortes caiu 14%

Criado em maio na Capital, o Programa de Proteção ao Pedestre já diminuiu em 30% o número de mortes por atropelamentos no município, segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego. De 1º de janeiro a 31 de julho, foram 14 vítimas fatais, ante 20 no mesmo período do ano anterior. O número de atropelamentos sem morte teve queda de 19,3% neste ano, passando de 316 para 255.

Desde o início das autuações, em agosto, até o fim de outubro, 57.068 veículos foram multados por deixar de dar preferência ao pedestre, não usar seta ou indicar conversão com o braço, parar sobre a faixa ou avançar no semáforo vermelho.

Em São Bernardo, mesmo sem a criação de nenhuma campanha, o número de atropelamentos teve pequena queda entre janeiro e agosto deste ano na comparação com 2010. O número caiu de 395 para 356, redução de 9,9%. No município, o número de autuações por desrespeito à faixa subiu de 101 para 125. Em Santo André, as ocorrências tiveram alta de 15%, subindo de 299 para 342.

Em São Caetano, os atropelamentos caíram de 137 em 2009 para 98 em 2010, queda de 28,5%. Até agosto deste ano, 53 pessoas foram atropeladas no município. As demais prefeituras não divulgaram os dados.


Para especialistas, é preciso conscientizar

Para o sucesso do projeto Travessia Segura, especialistas ouvidos pelo Diário ressaltam a necessidade da conscientização da população e de adaptação da estrutura viária das cidades da região. Entre as medidas sugeridas estão a revisão nos tempos de semáforos, reforma de calçadas e melhorias na sinalização das faixas.

Para a professora de Engenharia Urbana da Universidade Federal do ABC Silvana Zioni, as ruas representam "ambiente inóspito" para quem anda a pé. "Via de regra, o tempo do semáforo para o pedestre é insuficiente e as pessoas acabam ficando no meio da rua. Sem falar que, em muitos locais, nem há farol exclusivo", aponta.

A professora ressalta também a necessidade da conservação dos passeios. "É necessário investir em infraestrutura, de forma a estimular a pessoa a deixar o carro em casa e sair a pé." Ela acrescenta a necessidade da melhoria no destacamento da faixa. "Muitas vezes, está tão apagada que nem o motorista nem o pedestre conseguem enxergar."

EDUCAÇÃO - O arquiteto e urbanista Nazareno Affonso alerta para a importância da conscientização na primeira fase da campanha. Affonso faz parte da Associação Nacional dos Transportes Públicos e foi secretário de Transportes em Santo André entre 1989 e 1992, na gestão do ex-prefeito Celso Daniel (PT). O urbanista. que ajudou a criar a campanha pioneira no País, em 1997, também auxilia os planejamentos do projeto na região.

"O primeiro passo é formar o motorista cidadão, depois partir para a pressão. O próximo passo é conscientizar os pedestres." Para o urbanista, a má preparação pode expor pedestres a riscos. "A pessoa vai achar que pode atravessar em qualquer ocasião, o que não é recomendado."


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Política de Educação no Trânsito

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou nesta quarta-feira (16) um projeto de lei para tentar evitar o desvio de recursos arrecadados com multas de trânsito.

A proposta, que é do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), foi aprovada em caráter terminativo. Neste caso, fica dispensado o exame do texto em plenário e ele pode ser enviado diretamente à Câmara dos Deputados. O projeto determina que o dinheiro obtido com o pagamento de multas será empregado exclusivamente em educação para o trânsito ou, na única exceção prevista, será usado para cobrir despesas com sinalização das vias.O texto especifica que as receitas devem financiar campanhas sobre direção defensiva, cultura da paz e combate à violência no trânsito, além de mensagens contra o consumo de álcool e drogas pelos motoristas.

O texto especifica que as receitas devem financiar campanhas sobre direção defensiva, cultura da paz e combate à violência no trânsito, além de mensagens contra o consumo de álcool e drogas pelos motoristas.
O uso de dinheiro na sinalização foi acrescentado por meio de uma emenda apresentada pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).O relator do texto, Demóstenes Torres (DEM-GO) recordou que o país é “campeão absoluto em acidentes, mortes e invalidez no trânsito”. Em sua justificativa para a proposta, Eunício Oliveira, que preside a CCJ, disse que as receitas das multas têm sido usadas para reforçar o caixa dos governos ou para pagar o salário de servidores.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Novas restrições aos caminhões

AE
O Consórcio Intermunicipal do ABC, formado pelas sete prefeituras da região, e a capital ampliaram a proibição à circulação de caminhões nos principais eixos de ligação, para forçar os caminhoneiros a utilizar o Rodoanel Mario Covas, o que obriga as empresas de transporte a transferir as atividades de carga e descarga para a madrugada. No ABC, onde as vias internas das cidades se transformaram em rotas de fuga para os motoristas dispostos a driblar o pedágio do Trecho Sul do Rodoanel, caminhões estarão proibidos de circular por 23 vias, num total de quase 40 quilômetros.
Na cidade de São Paulo, onde há um ano já é proibido o tráfego pesado na Avenida Bandeirantes, na Marginal do Pinheiros e no centro expandido durante os horários de pico, as autoridades decidiram impedir a circulação de carretas entre 4 e 10 horas e entre 16 e 22 horas. Isso passará a valer também, a partir de 11 de dezembro, para a Marginal do Tietê e os principais corredores da zona norte e da zona leste, que poderiam servir de rotas alternativas aos caminhoneiros.
Os benefícios da medida não devem durar muito, e mesmo isso depende de fiscalização rigorosa e constante, porque a tendência é de busca por novas rotas alternativas pelo tráfego pesado, o que leva para bairros relativamente preservados o aumento dos congestionamentos, dos acidentes de trânsito e da poluição ambiental. Solução verdadeira virá quando as prefeituras da região metropolitana de São Paulo e o governo estadual conseguirem executar os projetos de transporte público - ampliação do metrô e das linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) - e de carga, capazes de, efetivamente, reduzir o trânsito de todo tipo de veículos.
Nos últimos dez anos, a frota da região do ABC cresceu 75%, enquanto o aumento da população beirou os 8%, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), chegando a 1.413.085 veículos. Destes, 71.951 são caminhões e carretas. Em março, a cidade de São Paulo ultrapassou a marca dos 7 milhões de veículos. O mais impressionante foi a rapidez com que nos últimos três anos a cidade incorporou 1 milhão de veículos à sua frota. O milhão anterior, quando a frota passou de 5 para 6 milhões, foi alcançado ao longo de 8 anos.
Diariamente, o ABC é destino de um imenso comboio de carretas que abastecem as indústrias e o comércio locais ou fazem a ligação da região com o Porto de Santos. Em São Paulo, só pelas dez vias em que o tráfego pesado será restrito circulam diariamente 158 mil veículos pesados.
Segundo especialistas em transporte, a proibição da circulação de caminhões nos horários de pico tem seu efeito reduzido por causa da grande quantidade de veículos de passeio na região. Para eles, a conclusão do Rodoanel, a construção do Ferroanel e a ampliação da malha do metrô e dos corredores exclusivos de ônibus é o que efetivamente aliviará o trânsito na região.
Os fatos comprovam essa avaliação pouco otimista dos especialistas. Em São Paulo, a primeira etapa da restrição à circulação dos caminhões melhorou o trânsito apenas durante um curto período. Para aliviar os congestionamentos na capital, os governos estadual e municipal conjugaram iniciativas como a instituição da zona de máxima restrição ao tráfego pesado, o rodízio da circulação de caminhões e obras de melhorias viárias, como a ampliação da Marginal do Tietê e a construção do Trecho Sul do Rodoanel.
Com tudo isso, os congestionamentos diminuíram 32%, de acordo com dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de abril de 2010. Mas esse alívio durou pouco. Conforme dados de setembro, o índice de engarrafamentos às 19 horas foi 10% superior ao mesmo mês do ano passado, atingindo 129,7 quilômetros de filas no horário - 11,8 quilômetros a mais do que um ano antes.
Nada disso diminui a importância daquelas medidas e daquelas obras. Sem elas, a situação estaria certamente muito pior. Afinal, se todo o comboio pesado, que já superlota e paralisa os dois trechos em operação do Rodoanel, estivesse nas vias internas da capital, o caos seria total.