quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Rio é o primeiro município brasileiro a atualizar inventário de emissões de CO2


A Prefeitura do Rio de Janeiro apresentou na semana passada o segundo Inventário de Emissões de Gases do Efeito Estufa elaborado pela Coppe/UFRJ, durante lançamento do Fórum Carioca de Mudanças Climáticas. A capital carioca é o primeiro município brasileiro a atualizar o relatório, cuja primeira edição tem por base o ano de 1998 – o documento atual conta com dados referentes a 2005.
Segundo o novo inventário, o município apresenta uma pequena redução no volume per capita de dióxido de carbono (CO2), que passou de 2,3 toneladas por habitante ao ano para 2,17 ton/hab/ano. Este índice será o ponto de partida para a cidade atingir a primeira meta do Protocolo Rio Sustentável, que prevê a redução em 8% dos gases poluentes até 2012.O protocolo, que estabelece a política carioca sobre o clima, tem o movimento Rio Como Vamos (RCV) como co-signatário.
Na comparação com outras metrópoles do mundo, a cidade do Rio de Janeiro apresenta um dos menores índices de emissões per capita de carbono. Nos Estados Unidos, por exemplo, Washington tem índice de 19,7 ton/hab/ano e Nova York, de 7,1. Pequim, na China, tem índice per capita de 6,9; Londres, na Inglaterra, de 6,2; Roma, na Itália, de 5,2; e Tóquio, no Japão, de 4,8. Entre os estados brasileiros, o Rio de Janeiro tem índice de 4,5; e Minas Gerais, de 6,38. A taxa no Brasil é de 9,4 ton/hab/ano.
Listamos para você as taxas de emissões de CO2 na cidade do Rio de Janeiro distribuídas por setores da economia:
Energia (64%);
Resíduos (31%);
Indústria (3%);
Agricultura, florestas e demais utilizações do solo (2%).
O inventário destaca que, dentro do setor de energia, transportes representa 64% das emissões. Já no de resíduos, o lixo corresponde a 77% do total de CO2 emitido. O prefeito Eduardo Paes garantiu que a redução dos gases em 8% ainda em seu governo é uma meta totalmente factível, especialmente pela constatação do Inventário de Emissões de que os dois setores mais poluentes são, justamente, aqueles que passarão pelas maiores transformações por meio de programas da atual gestão.
Lixo
Em relação ao segmento de resíduos, o encerramento das atividades do aterro sanitário de Gramacho, previsto para 2012, possibilitará uma grande redução do volume de gases. O lixo produzido no Rio passará a ser levado para o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) de Seropédica, com tecnologia de manejo que fará com que o lixo carioca deixe de liberar na atmosfera 1,9 milhão de toneladas de gás carbônico por ano. A construção do CTR teve início no dia 13 de agosto.
Transportes
No que diz respeito aos transportes, medidas como o redimensionamento da frota; extensão da malha metroviária até a Barra da Tijuca; e a implantação dos corredores viários TransOlímpica, TransCarioca e TransOeste, que utilizarão BRTs (Bus Rapid Transit) a biocombustível, deverão reduzir a queima de diesel na cidade. Também existem projetos de reflorestar 1.500 hectares e de estimular o uso de bicicletas, com a construção de ciclovias e ciclofaixas. Todos esses programas estão previstos no Protocolo Rio Sustentável e no Plano Estratégico da Cidade, que traz as metas estipuladas pelo governo Paes.
Se o índice de redução de gases até 2012 é totalmente factível de ser alcançado, como garante Paes, já as metas para 2016 (redução de 16% das emissões) e 2020 (20%) dependerão, segundo o vice-prefeito e secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz, não só da prefeitura, mas também da adesão de outros setores da economia e da sociedade.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Salão Paris e a Mobilidade

No Salão de Paris, parece que nem todos estão satisfeitos com seus tamanhos e pesos. Carro médio quer ficar pequeno. E o pequeno quer ficar ainda menor.
Há explicações: melhorar a mobilidade urbana e reduzir as emissões de poluentes. Alguns países da Europa taxam o carro de acordo com as emissões, em especial, de CO2 (gás carbônico), um dos causadores do efeito estufa.
Além disso, há um eterno impasse: os motociclistas querem um veículo mais seguro e confortável no dia a dia, e os motoristas querem um veículo mais ágil e fácil de estacionar na cidade.
Para a Renault, uma das soluções é o chamado "quadriciclo leve elétrico" --há teto, para-brisa (com limpador) e cinto de segurança.
Por lei, na Comunidade Europeia, se o veículo for um "quadriciclo com peso máximo de 350 kg, tiver motor de até 5,6 cv e velocidade máxima de 45 km/h", nem é exigida carteira de habilitação.
"Um adolescente pode guiar e estará mais seguro do que em uma scooter", opina Matthieu Tenenbaum, diretor do programa de veículos elétricos da Renault.
O Twizy leva duas pessoas, uma na frente da outra. Há volante e pedais, como em um carro. A diferença é que, ligado, o veículo não emite poluentes.
Sob a carroceria vazada, existe uma bateria com energia para 100 km. "As pessoas rodam, em média, 45 km por dia. Mesmo quem mora em cidades-satélite", diz Tenenbaum. A recarga leva três horas em tomada comum.
Como todo carro elétrico, o Twizy será caro. Custará cerca de 7.000, o mesmo que uma scooter Piaggio MP3 300 de três rodas.
A Peugeot pretende melhorar a mobilidade com o HR1. O carrinho urbano é um protótipo híbrido diesel --alia um motor tricilíndrico 1.2 a outro elétrico. Juntos, eles geram ótimos 147 cv e podem extrapolar as fronteiras da cidade, diferentemente do pequeno Twizy.
O HR1 ainda tem um sistema de reconhecimento de gestos para acionar som e GPS. Coisa de protótipo que dificilmente se torna 'real'.
Dentro, há espaço para quatro pessoas em 3,69 m. Para um Peugeot, pode-se dizer que é bem pequeno.
SCOOTER
Já o Mini tem o mesmo comprimento. O carro, porque agora a marca apresenta também uma scooter.
Interessante é que ela também prega um certo conceito de conectividade. O painel é um iPhone encaixado na horizontal, com iPod e GPS, para usar com os fones adaptáveis ao capacete. Ao estacionar, é só retirar o celular do painel e usá-lo normalmente.
A smart também entrou na onda. Como se não bastassem os minguados 2,69 m de comprimento do fortwo (chega à segunda geração em Paris), os projetistas deram vida a uma scooter bem retrô.
A smart chamou o conceito apenas de e-scooter, mas já o apelidaram de "forone". Afinal, só leva uma pessoa ao longo de 96 km (carga da bateria). A contar pela média diária, dá para rodar mais de dois dias sem reabastecer.

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