quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Manifesto da Frente de Trânsito pede compromisso aos Presidenciáveis

No próximo dia 18, um manifesto pela redução de mortes e lesões do trânsito brasileiro será entregue aos candidatos a presidente da República pela Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro do Congresso Nacional, presidida pelo deputado Beto Albuquerque (PSB/RS). Será às 10h, no Plenário 11 da Câmara dos Deputados, em Brasília.
O documento, intitulado Manifesto pela Redução de Mortes e Lesões no Trânsito Uma Década de Ações para a Segurança Viária, pede o comprometimento dos presidenciáveis com uma causa que transcende interesses regionais e atinge a todos os brasileiros e suas famílias: a segurança da circulação viária e a qualidade do trânsito em nosso país. Solicitamos seu compromisso formal assumido com seriedade, determinação e absoluta dedicação com o desfio de dar um basta à violência no trânsito de nosso país, diz a carta.
Para o evento de divulgação do manifesto estão sendo convidados todos os 200 parlamentares da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro e entidades que militam na causa. O documento foi assinado pelos deputados Beto Albuquerque, Hugo Leal, Marcelo Almeida e Fernando Coelho.
No documento é destacado ainda que o Brasil deu um passo importante ao sancionar a lei federal nº 11.705/2008 que estabelece que o limite de álcool no sangue do condutor de veículos automotores seja zero, incluindo penalizações severas para aqueles que não acatarem a lei. A iniciativa brasileira recebeu elogios da Organização Panamericana de Saúde (OPAS).

Para a OPAS, essa lei representa um modelo exitoso para ser seguido no restante das Américas, cujo conteúdo é pioneiro e servirá como um padrão para a promoção da segurança viária e prevenção dos acidentes viários, particularmente entre os jovens.
No Brasil, estatísticas apontam o país como um dos cinco do mundo que mais matam no trânsito. Além disso, há um número sem precedentes de pessoas acidentadas que precisam de atendimento nos serviços de saúde (urgência e UTIs), com custos elevados para toda a sociedade. Embora os índices dessa tragédia cresçam sistematicamente o problema não recebe a devida atenção das autoridades municipais, estaduais ou federais.
DÉCADA DE AÇÕES
O ano de 2011, justamente quando tomará posse o novo presidente do Brasil, terá início a Década de Ações para Segurança Viária, que segue até 2020. O objetivo é implementar as seis recomendações do Relatório Mundial/2004 da Organização Mundial de Saúde sobre a prevenção da violência no trânsito, reforçar a liderança e orientação das autoridades em matéria de segurança viária, incluindo a criação e o fortalecimento de uma estrutura de governo que atue na coordenação de todas as ações em defesa da vida no trânsito em todo o país, além de definir um Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito, com metas e programas que visem, de forma obstinada, perseguirmos objetivos claros e mensuráveis a fim de passarmos a contabilizar vidas salvas, ao invés de mortes nas nossas cidades e rodovias.
Ainda serão objetivos desta década de ações aplicar os recursos arrecadados com multas de trânsito para financiar o referido Plano, envolver governos estaduais e municipais, especialistas, entidades não governamentais e a sociedade em geral para elencarmos ações prioritárias que envolvam campanhas educativas de trânsito permanentes e adota recomendação da Organização Mundial de Saúde a fim de que, anualmente, um terço dos condutores seja fiscalizado, especialmente através do teste do bafômetro. Ao todo são 14 pontos propostos para buscar soluções para a carnificina que se tornou o trânsito brasileiro, para os quais a Frente do Trânsito Seguro está chamando a atenção dos candidatos a presidente da República. Este é o momento e a oportunidade para começar um novo governo pisando com o pé direito no acelerador da prevenção e, com o mesmo pé, o freio da violência do trânsito, diz o documento.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Trânsito em grandes cidades só melhora com o metrô

Sob risco de um "apagão da mobilidade", mais do que simplesmente adotar soluções para receber torcedores para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016, é urgente destravar os gargalos urbanos que chegam a roubar do Brasil pelo menos R$ 4 bilhões a cada ano, segundo cálculos complexos e rigorosos da Fundação Dom Cabral (FDC). O valor é o resultado das perdas em São Paulo. Mas, segundo a instituição, em menor ou maior grau, as quase 500 cidades brasileiras com populações entre 50 mil e 500 mil habitantes sofrem perdas econômicas devido a congestionamentos.

Na falta de transporte urbano eficiente e confortável, as populações lançam mão dos automóveis, complicando cada vez mais o trânsito. As medições do estudo da FDC registram, desde 2004, crescimento de 15% ao ano no tempo perdido pelas pessoas no trânsito das grandes cidades.

O pouco, ou nenhum, investimento nessa área começou a mudar no começo deste ano, quando o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade reservou R$ 7,8 bilhões para 47 projetos para as 12 cidades-sede envolvidas nos eventos na Copa do Mundo de 2014 e também na Olimpíada, em 2016. No PAC 2, a mobilidade consolidou seu status de prioridade. "Mantivemos as prioridades de saneamento e habitação, mas colocamos novas frentes, como mobilidade urbana, pavimentação e prevenção em áreas de riscos", afirma Márcio Fortes, ministro das Cidades.

Os recursos para essa área são da ordem de R$ 18 bilhões, para a construção de corredores de ônibus, para Veículo Leve sobre Trilho (VLTs), BRTs (corredores de ônibus com operação semelhante a metrôs), obras viárias e metrôs.

Os BRTs continuam sendo bem vistos pelo governo federal. São mais baratos e rápidos para construir, além de não exigir grandes investimentos do poder público. Para construir 10 quilômetros de BRTs são necessários R$ 100 milhões e cerca de 2,5 anos. Para a mesma extensão, o Veículos Leve sobre Trilhos (VLT) custa R$ 404 milhões e cinco anos de obras. Dez quilômetros de metrô custam R$ 1 bilhão e nove anos de construção.

"A única solução definitiva para os transportes urbanos das grandes cidades é o metrô", diz Leonardo Vianna, diretor de novos negócios da CCR, grupo do qual faz parte a Via Quatro, integrante da Parceria Público-Privada (PPP) para a construção da Linha Amarela, de 12,8 quilômetros, do metrô de São Paulo. Com custo de mais de US$ 1 bilhão, a nova linha subterrânea irá elevar a 65 quilômetros a rede de metrô São Paulo.

Outros especialistas concordam que o metrô deveria ser o protagonista na movimentação das cidades. Não há muito espaço para esperanças. Ceará, Salvador, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre são exemplos de tentativas de construção de metrôs que pouco avançaram.

"Não acredito em aprovações para projetos de metrô antes do final do ano", diz Vianna. Segundo ele, o problema é que o metrô precisa de subsídios por incorporar tecnologia complexa e cara. "A tarifa precisa ser atraente, para que atenda à finalidade de oferecer transporte confortável e eficiente, capaz de competir com o transporte individual."

Fonte: Valor Econômico
Publicada em:: 09/08/2010

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Nesta quinta (12), às 16h, ANTP TV discute as motos no Brasil. Em debate, o aumento da frota, acidentes e mortes, poluição e economia


A ANTP TV, em seu programa de entrevistas Em Movimento, discutirá ao vivo nesta quinta-feira, 12 de agosto de 2010, no horário das 16h às 18h, o tema Uso de motocicletas no Brasil. Estarão em debate as principais variáveis dessa questão: crescimento da frota e de sua participação nos deslocamentos das pessoas, acidentes envolvendo motociclistas com alto número de mortos e feridos, impactos ambientais e, também, as atividades econômicas que dependem desse tipo de veículo.Para assistir Para assistir ao programa, basta acessar www.antp.org.br e acionar o ícone da ANTP TV, no canto superior direito da tela. Convidados. O comando do programa é do jornalista José Márcio Mendonça. Estão convidados para participar no estúdio Nancy Reis Schneider, superintendente de Educação e Segurança da Companhia de Engenharia de Tr&aacut e;fego de São Paulo (CET-SP); Olimpio de Melo Álvares Jr. da Companhia de Tecnologia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e Ciro Augusto dos Santos, da empresa Patrimônio Executive Express. Intervenções à distância.Participarão à distância, via Skype, Jose Ademar Gondim de Vasconcelos, diretor presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) e Marcelo Rosa de Rezende, médico cirurgião traumatologista do Hospital das Clinicas da USP. Ao vivo, com perguntas. A transmissão será ao vivo, com perguntas do público, por meio de uma caixa de correspondência colocada ao lado da tela de transmissão. As perguntas também podem ser enviadas antecipadamente por e-mail, para o endereço antptv@antp.org.br.


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O horror dos congestionamentos


O anda-e-para do trânsito nas cidades não acaba somente com a sua saúde mas faz muito mal para seu carro.

O congestionamento é a pior situação de uso para o veículo. Ele acelera o desgate de vários componentes e até reduz o prazo das manutenções previstas no manual da fabricante.

Pastilhas de freios acabaram com apenas 5 000 km – desgaste provocado por 3h diárias de congestionamento.

A embreagem, muito mais usada no trânsito pesado, também tem sua vida útil (de 60 000 km a 80 000 km) reduzida pela metade, explica a mecânica.

Outra coisa que pouca gente liga é a durabilidade do óleo lubrificante do motor. Na verdade (em um congestionamento), o velocímetro marca 5000 km, mas o motor continuou funcionando, e já rodou 10 000 km.

Por isso, fica a dica: se você pega muito trânsito, antecipe as manutenções, incluindo filtros de ar e de combustível, velas, pastilhas, água do radiador e fluido de freio. E não seja pego de surpresa!