quarta-feira, 28 de julho de 2010

Motocicletas podem ter velocidade limitada a 60 km/h


A Câmara analisa, assim que voltar do recesso no início de agosto, o Projeto de Lei 7608/10, do deputado José Chaves (PTB-PE), que determina o uso obrigatório, em motocicletas, motonetas e ciclomotores, de um dispositivo para limitar a velocidade a no máximo 60 quilômetros por hora. O objetivo, segundo o autor, é dar mais importância às vidas dos motociclistas do que à agilidade dos deslocamentos.

Chaves ressalta que, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 7 de cada 100 acidentes com automóveis têm vítimas, e no caso das motocicletas essa proporção é de 71 para 100. Além disso, de acordo com o IPEA, os acidentes envolvendo motocicletas custam ao Brasil cerca de R$ 685 milhões por ano.

“Esses números revelam a gravidade do problema, gerado, em grande parte, pela velocidade desenvolvida por esses veículos, que coloca os seu condutores em situação de risco permanente”, afirma.

A proposta muda o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97) e dependerá de regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Agencia Câmara

postado por: Cristina Baddini Lucas

terça-feira, 27 de julho de 2010

Usuários de fretados caíram pela metade em São Paulo





Um ano após a restrição à circulação de ônibus de transporte privados, os chamados fretados, na zona central de São Paulo, o número de usuários do serviço caiu a menos da metade, segundo o sindicato da categoria Transfretur. A Companhia de Engenharia de Tráfego, órgão da prefeitura que monitora o trânsito da capital paulista, estimou em 11% a melhora na fluidez.


As regras começaram a vigorar no dia 27 de julho de 2009 e valem para dias úteis, das 5h às 21h, quando os veículos não podem circular na chamada zona máxima de restrição aos ônibus fretados (área de 70 km² a partir do centro da cidade São Paulo).
O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento para Turismo da região metropolitana de São Paulo, que representa os proprietários de empresas de transporte privado de passageiros, divulgou nota em que estima o prejuízo acumulado no último ano em R$ 1,280 bilhão devido à mudança. Segundo o Transfretur, as perdas refletem diminuição no número de usuários do serviço e a necessidade de substituir ônibus por vans para se adaptar à regulação, entre outros custos antes inéditos.



O Transfretur afirma que, dos 20 mil passageiros que usavam o serviço, mais de 9 mil abandonaram os coletivos de aluguel pelo transporte individual. "Nosso negócio, dentro da zona máxima de restrição, ficou praticamente inviabilizado. Dezoito empresas deixaram de operar, entre aproximadamente cem", diz o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento para Turismo da região metropolitana de São Paulo, Jorge Miguel dos Santos.
Ainda de acordo com Santos, a restrição provocou redução da frota, de 490 para cerca de 200 ônibus que fazem transporte privado. Para substituir os veículos grandes, com capacidade para 50 lugares, são necessárias ao menos três vans para 9 lugares. "O custo do transporte com vans praticamente dobra", diz Santos.



O embarque e desembarque de passageiros passou a acontecer em pontos específicos para o transporte coletivo privado. As empresas que não cumprirem a legislação terão de pagar multa de R$ 2,5 mil por veículo considerado irregular e ainda correm o risco de perder o Termo de Autorização (TA) e o Certificado de Vínculo ao Serviço (CVS). Fretados clandestinos podem receber multa de R$ 3,4 mil e ter o veículo apreendido.
Em 11 de fevereiro de 2010, a Secretaria Municipal dos Transportes de São Paulo publicou portaria no Diário Oficial do Município de São Paulo determinando a instalação de GPS em veículos de fretamento. Em abril, as empresas de fretamento conseguiram liminar na Justiça que permitia circular sem a instalação do GPS. O setor ainda moveu na Justiça uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a lei. A ação está sob análise do Tribunal de Justiça.
Em 1 ano, 2 dias a menos de sonoA estudante e coordenadora de atendimento Larissa Reni Jeronymo, 22 anos, costumava pegar sua condução na rua em que mora, em São Bernardo do Campo, região do grande ABC Paulista, e sair a uma quadra do trabalho, na rua Peixoto Gomide, região da avenida Paulista. A restrição ao embarque e desembarque de fretados a obriga a combinar um Metrô com o ônibus. Resultado: menos 15 minutos de sono, todos os dias.
A rotina começa todo dia às 5h45, horário em que toma o ônibus. Após pouco mais de uma hora de deslocamento, desembarca na estação Sacomã. De lá, viaja até a estação Consolação e chega por volta das 8h ao trabalho. "O que pega mesmo é o conforto. Ao invés de ir dormindo em um ônibus confortável, tenho de encarar a agitação de um trem lotado muitas vezes de pé logo às 7h", diz.



O balanço de Clarissa é de ter perdido dois dias inteiros de sono. Sem 15 minutos todos os dias e estimando os dias úteis em aproximadamente 200, a perda de sono é de 50 horas no total. "Faz muita falta", afirma.
Redação Terra
postado por: Cristina Baddini Lucas