quinta-feira, 11 de março de 2010

Trânsito supera homicídio como principal causa de morte violenta em SP

Levantamento foi divulgado nesta quarta (10) pela Fundação Seade.
Acidentes assumiram a liderança do ranking a partir de 2007.

Os acidentes de trânsito mataram 20 pessoas por dia no estado de São Paulo em 2008 e se mantêm desde 2007 como principal causa de morte não natural no Estado - posto que era ocupado até então pelos homicídios.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (10) pela Fundação Seade, que fez o lavantamento com base nas informações enviadas mensalmente pelos cartórios de registro civil.
''Desde os anos 1980, os homicídios eram a principal causa de morte natural no Estado. A partir de 2000, caiu. Mas os acidentes de trânsito não acompanham essa tendência. Houve uma queda importante em 1998 quando entrou em vigor o Código Brasileiro de Trânsito, mas voltou a subir a partir de 2000'', disse o demógrafo Paulo Borlina Maia, responsável pelo levantamento.
De acordo com Borlina, os acidentes envolvendo motocicletas impedem a diminuição da taxa de mortalidade no trânsito. ''Tivemos uma queda pequena dos atropelamentos e das mortes em acidentes envolvendo os demais veículos, mas os acidentes com motocicletas aumentaram. Isso faz com que não haja essa queda'', afirmou.
Entre 1996 e 2008, a taxa de mortalidade devido a atropelamentos diminuiu pela metade, de 10,1 para 5,1 óbitos para cada 100 mil habitantes. A taxa de mortalidade envolvendo outros tipos de veículos também caiu, de 15,3 para 9,5 óbitos. Já a mortalidade envolvendo acidentes com motos subiu de 0,2 para 3,4 óbitos por cada.
Segundo a Fundação Seade, nos últimos 20 anos os acidentes de transporte foram responsáveis pela morte de 149.911 pessoas, o equivalente à população do tamanho de São Caetano do Sul.

Denatran define requisitos para a utilização do Talão Eletrônico

Os órgãos de trânsito que já utilizam o Talão Eletrônico terão 180 dias para adequá-lo ao estabelecido na Portaria.

O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) publicou nesta terça-feira (02/03) a Portaria 141, que estabelece os requisitos e especificações mínimas do Talão Eletrônico. O equipamento utilizado pela autoridade de trânsito para a lavratura do Auto de Infração é dotado de sistema informatizado que permite o registro de informações relativas às infrações de trânsito.
A utilização do Talão Eletrônico já é permitida pela Resolução 149 do Contran. No entanto, a partir da Portaria 141 os equipamentos deverão receber, de forma automática, a numeração seqüencial de Autos de Infração, armazenar os Autos até a sua transmissão ao órgão de trânsito, identificar o agente de trânsito, permitir a impressão do Auto em duas vias, ser dotado de elementos de segurança e impedir que os campos destinados à identificação do veículo sejam preenchidos automaticamente sem a validação do agente.
Segundo a Portaria, o Talão Eletrônico poderá ser dotado de arquivos que contenham informações, como código de municípios, endereços, veículos, condutores, legislação e códigos de infração. O equipamento também poderá dispor de Sistema de Posicionamento Global (GPS) ou sistema equivalente e ser capaz de se interligar ao Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav), por meio de placa eletrônica.
Os órgãos de trânsito que já utilizam o Talão Eletrônico terão 180 dias para adequá-lo ao estabelecido na Portaria. O órgão ou entidade de trânsito interessado na utilização do Talão deverá homologar o equipamento junto ao Denatran. A homologação do Talão Eletrônico deve ser precedida da descrição detalhada de seu funcionamento, que ficará disponível ao público na sede do órgão ou entidade de trânsito e junto à respectiva Junta Administrativa de Recurso de Infração (Jari).

terça-feira, 9 de março de 2010

Implante ecotelhados para diminuir a poluição


Ao plantar gramas, arbustos e mudas de diversas espécies nos telhados, é possível resolver, de imediato, dois dos grandes problemas urbanos de uma só vez: a impermeabilização do solo e as ilhas de calor.

As cidades chegam a ser 5°C mais quentes que os ambientes rurais e a maior causa é o excesso de asfalto e de materiais impermeáveis que cobrem a terra.

Com os telhados verdes, as plantas extraem o calor do ambiente pela evaporação, fotossíntese e pela capacidade de armazenar calor de sua própria água. Dessa forma, a superfície verde funciona como um isolante térmico, reduzindo as oscilações de temperatura e, consequentemente, a energia elétrica gasta para aquecer e resfriar o interior do local.

Além disso, o substrato de terra e argila presentes no ecotelhado é capaz de absorver até 70% da água da chuva, reduzindo o transbordamento de esgotos, aumentando a vida útil dos sistemas de escoamento e devolvendo uma água mais limpa para a bacia hídrica circundante.

Para completar, as plantas ainda retêm as partículas suspensas de poeira e poluição, melhoram a acústica do ambiente, garantem sombra e durante o processo de fotossíntese, produzem um ar mais puro para a região.

Qualquer laje impermeabilizada pode receber um telhado verde.Primeiro coloca-se uma camada impermeabilizante, seguir um sistema de drenagem, uma camada de solo e de uma vegetação adequada à superfície a ao clima local.

Além disso, estamos ansiosos por contato com a natureza, cada vez mais distante, e o ecotelhado desponta como uma solução para esse problema.
Cristina Baddini Lucas