sábado, 20 de fevereiro de 2010

Conheça dez carros elétricos

Em tempos de debate sobre sustentabilidade e preocupação com a poluição e o meio ambiente, alguns fabricantes de automóveis estão investindo muito para desenvolver belíssimos e potentes carros elétricos.

Na Inglaterra, por exemplo, possuir um é livrar-se de taxas governamentais como imposto de estradas (sim, lá tem isso) e ainda ganha estacionamento gratuito em muitos pontos de Londres e Westchester. Tudo isso, porque o carro tem emissão zero de gás carbônico.

Conheça então alguns dos modelos que estão sendo lançados e que seguramente poderão mudar o mundo que conhecemos hoje.

1) Mega City da Nice Car Company: a Nice é especializada em transporte elétrico, produzindo carros e caminhões com essa tecnologia e sua estrela do momento é o Mega City, um compacto vendido em três versões, uma com apenas dois assentos, ideal para a cidade, que tem velocidade máxima de 64 km/h e roda até 95 km com uma recarga.

Pode ser carregado em qualquer tomada doméstica e completa a carga total em aproximadamente cinco horas. No site da empresa, eles afirmam que uma carga completa sai por uma libra apenas.

2) Ventury Fetish: é o primeiro supercarro elétrico do mundo e são produzidas apenas 25 unidades ao ano, a um preço de US$ 500 mil. Com design arrojado de Sacha Lakic, o Fetish tem 300 hp e vai de zero a 100 km/h em apenas 4,5 segundos.

E mais, sua velocidade pode chegar a 170 km/h. As baterias carregam entre uma e três horas, dependendo do sistema e a regarda total sai por aproximadamente 2 euros.

3) Think City: o carro norueguês é um prodígio de criatividade. 100% elétrico, ele ainda acessa internet com Hi-Fi. Por isso é possível chegar o nível da bateria com mensagens de texto.

As vendas do automóvel são feitas apenas pela internet e nenhum carro é produzido até que seja vendido. Tem velocidade máxima de 100km/h, roda até 180 km com uma carga completa e leva dez horas para recarregar na tomada.

4) Lightning GT: um dos mais recentes lançamentos em supercarros elétricos, o inglês Lightning GT consegue ser mais potente que um Jaguar (além de lembrar um).

Vai de zero a 100km/h em cinco segundos graças a um motor de 500 bhp e roda cerca de 400 km sem recarga. E uma carga completa pode ser feita em dez minutos. Custa, no mínimo, US$ 300 mil.

5) Alias Electric: desenhado pela empresa ZAP (Zero Air Pollution ou poluição zero) e pela Lótus, este triciclo tem linhas arrojadíssimas, chega a 120 km/h e uma carga garante até 160 km de rodagem.

Pode ser carregado em qualquer tomada doméstica e ainda não está a venda, somente pré-reserva. Custa US$ 35 mil.

6) Phoenix SUT: o belíssimo utilitário, recém-lançado no mercado americano, roda até 160 km com uma recarga de apenas dez minutos.

Vai de zero a 100km/h em menos de dez segundos, tem velocidade máxima de 150 km/h e tem motor de 140 hp. Sucesso na Califórnia, é vendido por cerca de US$ 45 mil.

7) Chevy Volt: um dos carros híbridos do mercado, o Volt possui motor elétrico e tanque de gasolina. Consegue rodar 65 km com uma carga e após isso, caso não seja possível carregá-la, o motor a gasolina entra em cena.

Os proprietários podem usar seus Smartphones para verificar carga da bateria, nível do tanque de gasolina etc. Tem lançamento previsto para novembro.

8) Reva NXR: o compacto da empresa indiana Reva será também lançado em 2011. Sua velocidade máxima é 105 km/h, e uma carga completa garante até 160 km de estrada.

Uma recarga leva em média oito horas, mas é possível optar por uma recarga rápida de 15 minutos, que garante um bom desempenho por 40 km.

9) Mindset: o carro suíço mostrado em 2008 e com produção se iniciando este ano, vai de zero a 100 km/h em sete segundos e tem autonomia de até 100 km sem recarga.

Vem com um opcional interessante, que pode ser comprado ou alugado, um pequeno motor à gasolina que serve para recarregar a bateria e estender a performance e pode ser colocado e tirado do motor principal a qualquer momento.

10) Tesla Rodster Brabus: a união entre a Tesla Motors e a alemã Brabus criou um carro esporte elétrico cujo grande atrativo é um gerador de som espacial.

Explicando melhor, como os carros elétricos são muito silenciosos, o Roadster vem com opções de som de motor para o motorista se divertir como carro de corrida, motor V-8 e dois outros sons que lembram Jornada nas Estrelas: o Warp e o Beam.

Além disso, quem puder pagar cerca de 145 mil euros por um (preço de exportação, ou seja, não considera os impostos), leva um carro que vai de zero a 100 km/h em 3,7 segundos, pode chegar a 205 km/h e tem autonomia de 100 km por recarga.

Por Claudio Pucci

Fonte: Terra

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Bicicletada ABC


Na noite de 19/02/2010 será iniciado, em São Paulo, um movimento em defesa dos direitos dos ciclistas. Os organizadores vão realizar mais uma “Bicicletada”.

Desta vez será a “Bicicletada ABC – Mauá”, que deverá contar com a participação de mais de 800 ciclistas. A concentração terá início às 18h, nas imediações do Laguinho, em frente à Prefeitura de Santo André. A saída acontecerá às 19h, com destino à Praça 22 de Novembro, no centro de Mauá.

Este ano, o evento está programado para acontecer mensalmente, sempre na penúltima sexta-feira do mês.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Planejamento urbano no século 21.


Uma entrevista com o renomado arquiteto e urbanista alemão Albert Speer, sobre sustentabilidade, megalópoles e lugarejos abandonados

Sr. Speer, em meados da década de 1980, o senhor foi um dos primeiros a abordar o tema da sustentabilidade no planejamento urbano. Como o senhor chegou a isto? E o que significa a sustentabilidade no planejamento urbano?

Na época, refletimos sobre o futuro das cidades e olhamos também para a história. Com isto, verificamos uma diferença. Hoje temos em todo o mundo todos os materiais à disposição. Antigamente, porém, só se podia construir com os materiais existentes. Não se construíam casas de enxaimel, porque elas são tão bonitas, mas sim porque não havia, além de madeira e barro, nenhum outro material. Aplicamos isto ao desenvolvimento urbano e chegamos assim à ideia de propagar o tema da sustentabilidade. Sustentabilidade significa usar comedidamente os recursos existentes.

Qual é a importância das cidades e, assim, do desenvolvimento urbano no século 21?

As cidades contribuem de forma considerável para a mudança do clima. 80% de todas as emissões provêm das cidades. Com isto, o planejamento urbano é ponto central do desenvolvimento global.

O que deve ser feito?

Nas cidades europeias, as edificações não condizem com a proteção do clima e não correspondem aos critérios da eficiência energética. 90% de todas as construções na Alemanha foram feitas antes do período 1980/1985. Ainda não se falava deste tema. Entretanto existe um programa do governo federal para a modernização dos imóveis. Mas é preciso aumentar decididamente a sua velocidade.

E o que ocorre com o trânsito?

Nas cidades europeias, tentamos interligar todas as funções, de maneira a que possam ser acessadas plenamente a pé. Um belo exemplo disto é o centro da cidade de Colônia, para o qual elaboramos ano atrasado um grande plano diretor. Ele fez com que moradias, trabalho, cultura e lazer ficassem entrelaçados de maneira ainda mais estreita. E com isto, naturalmente, muito menos trânsito é gerado.

Ao contrário das cidades europeias, as megalópoles na Ásia crescem rapidamente. Como é o seu trabalho lá?

Nos 25 anos passados, o desenvolvimento urbano sustentável obteve aceitação em todo o mundo. Nos últimos dez anos, por exemplo, mudou radicalmente a opinião do setor político sobre este tema, também na China. Isto não significa que o desenvolvimento urbano sustentável já esteja sendo praticado em todas as cidades da China. Isto tampouco pode ser espe rado desse país gigantesco. Mas já existem as leis para isto e elas começam a ser implantadas em muitas cidades. Nós trabalhamos, por exemplo, em vários grandes projetos de ampliação urbana em Changchun, no Norte da China. Os responsáveis locais fazem grande esforço para por em prática os princípios sustentáveis.

No centro do interesse público esteve recentemente a inauguração do Burj Dubai, em vez da sustentabilidade. O que o senhor acha do desenvolvimento urbano no estilo de Dubai?

Este desenvolvimento tem dois lados. Por um lado, Dubai logrou, nos últimos anos, estabelecer-se no mapa-múndi como lugar de grandes eventos e de turismo, criando para si uma excelente imagem – em parte, também através de uma arquitetura extraordinária. Este grande hotel, esta vela na praia, maravilhoso. Também o Burj Dubai é um sinal para o futuro de Dubai. Não tenho dúvidas quanto ao seu êxito. O problema é outro. Em primeiro lugar, os edifícios que vão além da marca de 300 até 350 metros de altura não podem ser construídos economicamente, nem operados de maneira econômica. Em segundo lugar, Dubai exagerou no desenvolvimento urbano. Eu só teria construído a metade.

Que cidade se aproxima então das suas concepções de sustentabilidade?

Na Europa, é Barcelona. A cidade aproxima-se muito do conceito de sustentabilidade. Ela é densa, mesclada. O porto foi reutilizado em grande parte, a orla marítima voltou a ser parte da cidade. Barcelona cuida de forma exemplar das construções antigas. Olhando mais adiante no mundo, então é Cingapura. A cidade tinha desde o início o problema de não possuir espaço suficiente, mas tratou disto de forma muito razoável. Isto levou a uma elevada densidade. Mas, dentro desta densidade, surgiu também uma alta qualidade arqui­tetônica. Por exemplo, com edifícios residenciais. Apesar disto, tem-se hoje a sensação de que Cingapura é uma cidade verde.

E na Alemanha?

Hamburgo faz uma política muito inteligente de desenvolvimento urbano, também no sentido da sustentabilidade. Isto não vale apenas para o bairro portuário. Vale também para muitos outros setores.

Os lugarejos e regiões abandonados são o outro lado da moeda das cidades crescentes. Como o senhor trata disto no planejamento?

Uma boa pergunta. Nem os planejadores, nem os políticos estão realmente preparados para este problema. Não se aprendeu isto durante os estudos, nem nunca se foi confrontado com o problema. Até agora, o crescimento sempre foi o ponto central. Mas nós sabemos que em outros países da Europa já é assim há mais de cem anos – por exemplo, no Leste da França ou no Norte da Inglaterra. No futuro, haverá regiões que não poderão mais ser mantidas com o padrão que temos hoje, pois a população migrou e a infraestrutura não pode mais ser preservada com as poucas pessoas que restaram. Nos próximos anos, teremos de ocupar-nos intensivamente com este tema.

Como poderia ser então uma solução?

Eu creio que, no futuro, teremos na Alemanha condições diversas de vida, até mesmo condições de renda e possibilidades de abastecimento. E que a igualdade de padrão de vida em todas as regiões, garantida pela Lei Fundamental, não poderá ser mantida. Paralelamente a esta evolução, observamos uma diferenciação muito forte e uma individualização da sociedade. Existem com certeza pessoas, que dizem, não necessito de nada disso. Adoro viver numa dessas regiões. Não tenho um supermercado perto de casa, mas, em compensação, planto a minha própria horta.

O lema da Expo 2010, em Xangai, é “Better City, Better Life”. O que o senhor espera da Expo? O senhor vai visitá-la?

Nós participamos da elaboração do conceito básico e já havíamos concebido a Exposição Mundial de 2000, em Hanôver. Os organizadores aprenderam muito com isto – por exemplo, a ideia de promover a Expo numa antiga área industrial às margens do rio e não, como se pensara inicialmente, num terreno baldio. É preciso aproveitar a exposição mundial para desenvolver a cidade de forma sustentável. Eu creio que será uma exposição mundial muito impressionante, com um pavilhão alemão muito bonito. Naturalmente, estarei em Xangai para ver isto.

Que projetos o senhor tem ainda em andamento?

No Cairo, planejamos uma medida de ampliação urbana para dois milhões de habitantes e em Alexandria preparamos a candidatura para os “Mediterranean Games” 2017. Além disto, estamos elaborando o plano diretor para a candidatura de Munique aos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018 e estamos envolvidos, de maneira substancial, na candidatura do Qatar para a Copa Mundial de Futebol de 2022.


Fonte: Revista Deutschlnd | Jeremy Gaines e Martin Orth

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O tradicional táxi preto londrino pode estar com os dias contados


Mas a mudança não será na cor, que já transformou os carros em um dos símbolos da cidade, mas sim na tecnologia utilizada nos veículos. Um protótipo elétrico apresentado pela Mercedes pode substituir os atuais “black cabs” até 2012.

O Mercedes eVito irá a julgamento ainda este ano para testar a sua adequação como parte da frota de táxi de Londres. “O eVito é o primeiro táxi totalmente elétrico acessível com cadeira de rodas e representa um grande passo em direção ao nosso objetivo de nos tornarmos um dos principais fornecedores de veículos ecologicamente amigáveis”, afirmou em entrevista à Reuters o CEO da empresa, Peter DaCosta.

O taxi da Mercedes foi desenvolvido em parceria com a Penso e a Zytec Automotive e pretende aumentar a porcentagem de 30% dos modelos da marca que já dividem o espaços nas ruas londrinas com os demais cabs.

Em defesa da adoção do modelo, a montadora diz que o eVito já está adequado às normas de emissões propostas pelo prefeito Boris Johnson e que será válida a partir de 2012. O objetivo é tornar Londres a cidade mais limpa do planeta até as próximas Olimpíadas, que acontece na capital britânica.

“Sujeito a testes bem sucedidos, o eVito, juntamente com o táxi Vito já popular, oferece a Londres uma grande oportunidade de reduzir a poluição do ar com veículos modernos”, acrescentou DaCosta.

Equipado com um motor de 70 kW (94 cv) da Zytec Automotive, o eVito gera eletricidade a partir de uma bateria de lítio-íon e é capaz de rodar mais de 190km no trânsito típico de Londres – segundo a Mercedes, com o mesmo desempenhos dos taxis tradicionais.
Cristina Baddini Lucas