quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Preparativos para a reunião em Copenhague


As discussões sobre o clima na reunião preparatória de Barcelona e as programadas para o início de dezembro, em Copenhague, são decisivas para todos os países.
Porque se não houver acordo para reduzir as emissões de gases que aquecem o planeta, os desastres climáticos se intensificarão muito.
E eles já atingiram mais de 200 milhões de pessoas no ano passado e mataram dezenas de milhares. Fatores que podem agravar os desastres já estão presentes.
O derretimento dos gelos no Ártico está acontecendo em velocidade muito maior que a prevista pelos cientistas.
Todo o gelo poderá desaparecer em poucas décadas.
Isso afetará a temperatura dos oceanos, as correntes marítimas, poderá gerar mais furacões e ciclones.
E poderá liberar uma quantidade gigantesca de metano que está sob os gelos e que polui muitas vezes mais que o carbono.
Também os gelos do Himalaia, do qual depende o volume dos principais rios da Ásia, estão diminuindo. Assim, como as geleiras dos Andes - o que pode afetar as bacias amazônica e do Prata.
Mais de 20% da população mundial, que vive em áreas costeiras, poderá ser atingida pela elevação das águas. Mais de 30 países-ilhas correm o risco de desaparecer.
Um deles, as Ilhas Maldivas, já está comprando terras em outros países, para transferir sua população. E seus ministros fizeram há poucos dias uma reunião debaixo dágua para chamar a atenção do mundo. 80 por cento dos desastres no mundo atingirão as pessoas mais pobres.
O diagnóstico mais recente do respeitado Hadley Centre é de que, com a tendência atual de emissões, a temperatura no planeta poderá elevar-se 4 graus - e há um consenso de que ela não deve ir além de dois graus, sob pena de conseqüências gravíssimas.
Na verdade, até aqui as lógicas financeiras continuam prevalecendo.
Cada país pensa primeiro no preço de mudar seus modelos econômicos, seus formatos de energia e transportes, de não desmatar, de não emitir metano pelo gado. E reluta muito em reduzir o seu consumo.
Enquanto essas lógicas prevalecerem, tudo será muito difícil e muito preocupante.
Washington Novaes
Cristina Baddini Lucas

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Psicologia propõe discussão sobre mídia e trânsito na Confecom


Psicologia propõe discussão sobre mídia e trânsito na Confecom
O direito à comunicação e a existência de uma comunicação democrática no país têm a ver com mobilidade e trânsito? Sim, e muito! A mídia é um dos elementos que atua na construção das ideias sobre as melhores formas de nos locomovermos e, por meio da publicidade, difunde o fetiche pela velocidade e ideias de liberdade atreladas aos uso de veículos automotores, entre tantas outras.

Com a motivação de fazer com que essas relações passem a ser mais percebidas, questionadas e refletidas criticamente, “Mídia e Trânsito” é uma das propostas da Psicologia para discussão na 1ª Conferência Nacional de Comunicação, marcada para ocorrer de 14 a 17 de dezembro de 2009, em Brasília.

As conferências estaduais já estão acontecendo em todo o país.São mais de 1 milhão de pessoas morrem, por ano, em acidentes de trânsito no mundo. No Brasil, são mais de 40 mil mortes por ano. E esses números só crescem: em três anos, no país, o número de mortes em acidentes de trânsito aumentou 9%.O poder público veicula campanhas de paz no trânsito, mas esses apelos são ofuscados pelo brilho sedutor da publicidade.

“A vida se transforma para melhor quando se está no comando de um [carro]. Palavra de quem tem um”, diz uma propaganda, difundindo uma forma de transporte individual, um modo de ser e de viver focado no consumo, uma condição para a aceitação social.O estímulo ao transporte individual ignora os graves problemas urbanos causados pelo excesso de automóveis e ofusca as lutas por transporte público de qualidade.

O único órgão que se propõe a regular a publicidade no país é uma instituição privada, o Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária (Conar), organizado por publicitários, para publicitários, com financiamento dos anunciantes, portanto sem a necessária neutralidade, porque tem comprometimento com o negócio da propaganda.

Ao Conar cabe garantir a credibilidade desse negócio, a propaganda, que movimenta bilhões de reais por ano. Mas e a população?A Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) precisa discutir como a mídia e a publicidade afetam o trânsito e a mobilidade no Brasil.
Para saber mais, visite:
A página da Psicologia sobre a Confecom: http://comunicacao.pol.org.br/
A página da sociedade civil: http://proconferencia.org.br/
E a página oficial da Confecom: http://www.confecom.gov.br/
Cristina Baddini Lucas

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Cerimônia Ecumênica marca o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito



RIO - Uma cerimônia ecumênica realizada neste domingo no Forte de Copacabana marcou o Dia Mundial em Memória das Vítimas do Trânsito. Cerca de 250 pessoas participaram do ato, que reuniu líderes de oito correntes religiosas. O arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, foi um dos convidados para a celebração, que contou com a presença de parentes e amigos de pessoas que morreram em acidentes.
- Creio que o pior flagelo é um ser humano não respeitar o outro. Veículos, que deveriam ser usados para o bem, viraram armas. O trânsito tem regras, mas alguns motoristas sempre encontram um jeito de burlar as leis. Devemos entender que a vida é um dom de Deus - disse Tempesta.
O ministro das Cidades, Márcio Fortes, acompanhou a cerimônia e se emocionou ao lembrar que, há cinco anos e nove meses, perdeu um filho em um acidente de trânsito.
- Sou favorável à instalação de pardais e lombadas, mas os equipamentos têm de ficar à mostra, para os motoristas saberem que passam por vias perigosas. De nada adianta multar depois que a pessoa está morta. É preciso respeitar a sinalização de manhã, à noite e de madrugada - disse Fortes

O Globo


Cristina Baddini Lucas

domingo, 15 de novembro de 2009

Acidentes de trânsito matam 3 mil pessoas por dia no mundo


Os acidentes de trânsito provocam a morte de mais de três mil pessoas por dia e custam ao mundo US$ 65 bilhões anuais, segundo dados da Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha. Além disso, para cada morte no trânsito, entre 20 e 30 pessoas ficam incapacitadas, em muitos casos de maneira permanente. Em termos anuais, 1 milhão e 300 mil pessoas morrem em acidentes de trânsito, enquanto outros 50 milhões sofrem algum tipo de traumatismo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, esses danos físicos são a principal causa da morte de jovens entre 15 e 29 anos e a segunda entre crianças entre 5 e 14 anos.
Cristina Baddini Lucas